A Solatio, uma das maiores empresas de energia solar do Brasil, anunciou sua entrada oficial no mercado de criptomoedas por meio de uma parceria com a Brillacom Light DeFi. A parceria prevê a construção, em até seis meses, da primeira usina de energia solar da Brillacom Light DeFi.
Segundo o comunicado, o plano de trabalho da construção da usina já está sendo elaborado e compreende escolha do terreno, processos de conexão a rede, projeto da usina, orçamentos, implantação dos equipamentos, testes e início da geração de energia. A PS Soluções, parceira do projeto, será o primeiro cliente a ser atendido com energia 100% renovável proveniente desta usina.
No entanto, o projeto vai muito além da construção de uma única usina de energia solar. A visão é avançar de modo escalável, onde cada módulo construído impulsiona o desenvolvimento de novas instalações. As taxas transacionais do token Light Defi serão usadas para acelerar o progresso da construção da usina e de outras atividades relacionadas a parceria.
Solatio Energia Livre é uma Joint Venture entre a espanhola Solatio e a mineira CMU, e recentemente anunciou R$ 21 bilhões de investimento no setor. Injetando energia 100% sustentável, a companhia tem capacidade projetada para abastecer mais de 162 mil casas e pontos comerciais e para reduzir a emissão de quase de 5 mil toneladas de CO2 a cada mês.
Com mais de 20 anos de experiência no setor fotovoltaico e com mais de 120 projetos na Europa, a Solatio está no Brasil desde 2009 e é maior desenvolvedora de projetos solares da América Latina. Conta com mais de 6 GW desenvolvidos sendo os mais competitivos do mercado em todos os respectivos setores: ACR (Ambiente de Contratação Regulada), ACL (Ambiente de Contratação Livre) e GD (Geração Distribuída).
O comunicado destacou ainda que enquanto as taxas de transação do token serão usadas em etapas do projeto, os primeiros kWh gerados da primeira usina fotovoltaica serão convertidos em cashback aos detentores do ativo Light DeFi, e serão distribuídos via airdrop diretamente nas carteiras. O valor será distribuído aos detentores do token com base nas proporções de suas carteiras.
"Isso cria um incentivo adicional para a adoção da Brillacom Light Defi e recompensa os investidores de forma passiva à medida que a usina se torna lucrativa", destacou o comunicado.
Após o anúncio o token registrou uma valorizção de 277% em 7 dias e foi listado no Top Gainers do Coinrmarketcap.
Energia solar no Brasil
De acordo com um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil atingiu um marco significativo com mais de 2 milhões de sistemas solares fotovoltaicos instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos. Isso representa uma capacidade instalada de 22 gigawatts (GW) em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.
Bárbara Rubim, vice-presidente da Absolar, enfatizou que esses números destacam o imenso potencial de crescimento do setor.
"Isso confirma não apenas o enorme potencial que o Brasil possui para a geração solar fotovoltaica, mas também o desejo dos consumidores brasileiros de produzir sua própria energia. Isso não apenas economiza na conta de luz, mas também contribui para o desenvolvimento sustentável do país", afirmou.
A energia solar ultrapassou a fonte eólica no início deste ano, tornando-se a segunda maior fonte na matriz elétrica brasileira. Atualmente, 14,3% da potência instalada do país provém da energia solar, ficando atrás apenas da energia hídrica, que representa 51%.
As expectativas para 2023 são de uma produção entre 25 e 28 GW. O ano de 2022 encerrou com quase 18 GW de capacidade instalada, e para este ano, espera-se um aumento adicional de 10 GW.
O levantamento da Absolar revelou que os 2 milhões de sistemas fotovoltaicos atendem a 2,6 milhões de unidades consumidoras, representando menos de 3% do total de unidades consumidoras no Brasil. A tecnologia fotovoltaica já está presente em 5.530 municípios e em todos os estados, sendo que Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná lideram em número de instalações.
A meta da associação é expandir para todos os 5.570 municípios até o final do ano, com a expectativa de mais programas governamentais para energia fotovoltaica, inclusive em prédios públicos.
Desde 2012, foram investidos R$ 111,2 bilhões em recursos privados no setor, gerando cerca de 700 mil novos empregos e arrecadando R$ 29,8 bilhões para os cofres públicos. Embora o primeiro semestre deste ano tenha enfrentado desaceleração nas vendas devido a mudanças no cenário político e macroeconômico, a previsão para o segundo semestre é de retomada do crescimento, expansão do número de sistemas instalados e beneficiados.
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