A exchange Mercado Bitcoin anunciou a realização do quarto pagamento de tokens baseados no mecanismo de solidariedade da Fifa e, neste pagamento, holders do ativo de futebol do Santos Futebol Clube (Token da Vila - MBSANTOS01) vão receber R$ 697 mil pela transferência do jogador Emerson Palmieri dos Santos ao West Ham United.
O atleta, que estava no Chelsea F.C, foi emprestado para o Lyon F.C e contratado por 13 milhões de euros (R$ 79 milhões) pelo clube inglês.
O token é lastreado no direito que o Santos tem sobre 12 jogadores que o clube formou por meio do mecanismo de solidariedade da Fifa, que estabelece que um percentual de até 5% sobre cada transferência do jogador seja retornado aos clubes que o formaram entre os 12 e 23 anos. Os clientes recebem a liquidação em formato de dividendos sobre cada token adquirido.
Com isso, os holders do Token da Vila são remunerados por cada transferência onerosa de um dos jogadores da cesta. Foram emitidos cerca de 600 mil tokens, que totalizam uma oferta de R$ 30 milhões ao mercado. Desde o lançamento, R$3.326.599,16 foram pagos aos detentores do ativo santista, em quatro liquidações: 1) R$1.648.520,6, 2) R$734.690,27, 3) R$246.046,69, e 4) R$697.341,59.
"O Peixe é um clube reconhecido por revelar Pelé e diversos craques que escreveram a história do futebol mundial. A rentabilidade da cesta de atletas do token da vila é um reflexo desse trabalho, que beneficia jogadores, clubes e investidores apaixonados por futebol", diz Vitor Delduque, Diretor de Novos Negócios do MB tokens.
Jogadores da cesta
- Alan Patrick (Shakhtar Donetsk da Ucrânia);
- Alex Sandro (Juventus de Turim, Itália);
- Caio Henrique (Monaco, França)
- Emerson Palmieri, (Olympique Lyon,França);
- Gabriel Barbosa (Flamengo, Brasil);
- Gustavo Henrique, (Flamengo, Brasil);
- Jean Lucas (Monaco, França);
- Kaio Jorge (Juventus,Itália);
- Lucas Veríssimo (Benfica, Portugal);
- Neymar Jr. (Paris Saint-Germain, França);
- Rodrygo Goes (Real Madrid, Espanha) e
- Yuri Alberto (Internacional, Brasil).
Banco Central e tokenização
O tipo de tokenização que o MB e outras empresas no Brasil, como a Liqi, vem realizando com ativos off-chain também vem sendo defendida como uma grande oportunidade para o sistema financeiro pela Comissão de Valores Mobiliários e pelo Banco Central (BC) que pretende viabilizar, com o Real Digital, uma grande plataforma de tokenização e contratos inteligentes.
Recentemente, anunciando o início dos testes do Real Digital, Fábio Araújo, coordenador da CBDC no BC, citou como exemplo do potencial do Real Digital a possibilidade de comercializar globalmente créditos de carbono tokenizados e também as operações compromissadas que são muito complicadas e inacessíveis para a população atualmente.
"As operações compromissadas tem uma sistemática muito complicada atualmente e acabam sendo restritas para grandes players, no entanto, com o Real Digital isso passa a ser muito simples, podendo se executada pelo cliente da instituição financeira com apenas um clique no app do banco. Estamos só no começo desta jornada com o Real Digital, as soluções e os casos de uso serão criados pelas instituições participantes do mercado, enquanto o BC será o garantidor e provedor deste Ledger comum", afirmou.
Ainda segundo ele, o Banco Central vem debatendo esta inovação com a CVM, pois há convergência nas pautas envolvendo a tokenização da economia.
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