O Santander e outros 15 bancos Europeus se uniram em uma iniciativa que pretende, entre outros, "acabar" com a Visa e a Mastercard.
Assim, as instituições financeiras se uniram e criaram a Europeia de Pagamentos (EPI).
Desta forma, segundo um comunicado encaminhado ao Cointelegraph, o objetivo da EPI é criar uma solução de pagamento pan-europeia unificada, baseada em pagamentos instantâneos, dinheiro digital e pagamentos P2P.
"Alavancando a Instant Payments / SEPA Instant Credit Transfer (SCT Inst), oferecendo um cartão para consumidores e comerciantes em toda a Europa, uma carteira digital e pagamentos P2P"
Bancos que integram a EPI
"Matar" Visa e Mastercard
Embora o comunicado não mencione as principais operadoras e processadores de pagamentos do mundo, Visa e Mastercard, os bancos declararam que pretendem que seu sistema seja o único na Europa.
"A solução visa se tornar um novo meio de pagamento padrão para consumidores e comerciantes europeus em todos os tipos de transações, incluindo lojas, on-line, saques em dinheiro e “ponto a ponto”, além das soluções existentes de esquemas de pagamento internacional", declara o comunicado.
Assim, o objetivo da EPI é oferecer uma solução de pagamento digital que possa ser usada em qualquer lugar da Europa e "substituir o cenário fragmentado que ainda existe atualmente"
Fim do dinheiro
Ainda segundo o comunicado a solução de pagamento também visa eliminar o uso do dinheiro físico.
Assim, as instituições declaram que a necessidade de eliminar o uso do dinheiro ficou ainda mais latente com a pandemia do Coronavírus.
"Além disso, a crise do Covid-19 sublinhou a necessidade de uma solução europeia unificada de pagamentos digitais (...) O EPI beneficiará, em primeiro lugar, os cidadãos europeus, possivelmente impulsionando a inovação no mundo dos pagamentos. Mais de 50% das transações de pagamento de varejo na Europa ainda são feitas em dinheiro hoje", destacou.
Além disso, o comunicado destaca que neste sentido, o EPI também visa alinhar o ecossistema europeu de pagamentos de bancos, comerciantes e adquirentes / prestadores de serviços de pagamento, contribuindo assim para o fortalecimento do mercado único e da agenda digital europeia.
Tudo estará pronto em 2022
As instituição também pretendem dialogar com os governos para promover a adoção do sistema único de pagamentos.
"Além disso, a criação do EPI apoiará a implementação da agenda política das instituições públicas europeias e das autoridades nacionais, em particular através da criação de uma solução verdadeiramente europeia nos campos dos pagamentos, bancos e tecnologia"
Para viabilizar o sistema as instituições já criaram uma sede do grupo na Bélgica, que estabelecerá o roteiro técnico e operacional e o início do trabalho de implementação do sistema.
Assim, segundo o comunicado espera-se que a solução seja lançada já em 2022.
"Outros prestadores de serviços de pagamento são convidados a participar da iniciativa. Até o final de 2020, uma janela permanece aberta para os participantes do mercado europeu, bancos individuais ou sindicatos bancários, bem como prestadores de serviços de pagamento de terceiros, para solicitar e ingressar na EPI como fundador. Espera-se que o EPI entre na fase operacional em 2022", conclui o comunicado.
Bitcoin
Nos bastidores do lançamento os bancos admitiram que o atual sistema de pagamentos já não atendem mais os anseios da população.
Assim, seguem o mesmo entendimento do presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto.
Entendimento que tem sido o orientador do PIX, solução nacional que também pretende atender os mesmo objetivos do EPI europeu.
"O mundo demanda um instrumento de pagamento que seja ao mesmo tempo barato, rápido, transparente e seguro. Se nós pensarmos o que tem acontecido em termos de criação de moeda digital, criptomoedas, ativos criptografados, eles vêm da necessidade de ter esse instrumento, com essas características, barato, rápido, transparente e seguro" destacou Campos Neto.
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