O ex-CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, teria contratado Mark Cohen, ex-promotor federal, para atuar como seu advogado de defesa.

De acordo com uma reportagem publicada em 6 de dezembro pela Reuters, o porta-voz de Bankman-Fried, Mark Botnick, disse que o ex-CEO da FTX contratou Cohen em meio a uma enxurrada de litígios civis de investidores da exchange de criptomoedas e de investigações de congressistas e reguladores nos EUA. Cohen, co-fundador do escritório de advocacia Cohen & Gresser, é um ex-procurador assistente do Distrito Leste de Nova York, que também fez parte da equipe de defesa do caso de grande repercussão nacional envolvendo Ghislaine Maxwell - condenada a 20 anos de prisão por tráfico sexual de crianças e acusações relacionadas.

Congressistas do Senado e da Câmara dos Deputados dos EUA anunciaram audiências separadas para investigar o colapso da FTX e o impacto potencial do caso sobre os investidores e os mercados tradicionais . A liderança do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara convocou Bankman-Fried para participar de uma audiência sobre a FTX marcada para 13 de dezembro, mas o ex-CEO sugeriu que ele só testemunharia depois de "estudar e revisar o que aconteceu". Não está claro se ele prestaria depoimento pessoalmente ou remotamente, a partir das Bahamas.

O Grupo FTX entrou com um pedido de falência sob o Capítulo 11 no Distrito de Delaware em 11 de novembro, após uma "crise de liquidez" que a tornou incapaz de atender às demandas de saques dos usuários. Os registros no tribunal de falências sugerem que a FTX poderia ter mais de 1 milhão de credores.

Bankman-Fried fez aparições em vários meios de comunicação e falou com repórteres muitas vezes após o colapso da FTX, apesar das críticas da comunidade cripto. O ex-CEO da FTX repetidamente se desculpou por sua responsabilidade na queda da exchange e disse que planejava “compensar” os membros afetados da equipe, mas não apresentou um plano concreto para ressarcir os investidores. John Ray se tornou o CEO da exchange em novembro.

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