Os advogados de defesa que representam Roman Storm, cofundador e desenvolvedor do Tornado Cash, devem encerrar o processo em algum momento da próxima semana, encaminhando o caso para o júri.
Segundo relatos do Inner City Press nesta sexta-feira, a juíza Katherine Failla disse esperar ouvir as alegações finais da promotoria e da equipe de Storm na terça ou quarta-feira. O cronograma dá ao cofundador do Tornado Cash cerca de cinco dias para apresentar sua defesa em tribunal.
Na sexta-feira, ainda não estava claro se Storm pretendia depor em sua própria defesa. Antes do início do julgamento, ele concedeu uma entrevista na qual afirmou que “poderia ou não” testemunhar.
A sessão de sexta-feira terminou pela manhã com o depoimento de um agente especial do FBI, que já havia afirmado que Storm tinha controle sobre parte dos fundos usados com o Tornado Cash. Este foi o décimo dia do julgamento de Storm, que enfrenta acusações de lavagem de dinheiro, conspiração para operar um transmissor de dinheiro sem licença e conspiração para violar sanções dos EUA.
A defesa começou a apresentar seu caso na quinta-feira, com o depoimento do desenvolvedor principal da Ethereum, Preston Van Loon. Segundo relatos, até cinco testemunhas podem depor antes que a defesa encerre sua parte na próxima semana.
Comunidade reage enquanto o caso avança
O caso de Storm atraiu considerável atenção de desenvolvedores do setor cripto e blockchain. O cofundador da Ethereum, Vitalik Buterin, o fundador da Paradigm, Matt Huang, e a Fundação Ethereum contribuíram para o fundo legal do cofundador do Tornado Cash, que, segundo ele, somava mais de US$ 2,8 milhões até quinta-feira.
“Na Ethereum, protegemos os nossos e preservamos nossa honra”, disse Buterin em resposta a Storm no X, em 22 de janeiro.
“Privacidade é um direito constitucional, e publicar software de código aberto não é crime”, disse o usuário do Reddit NoSkidMarks em resposta ao apoio de Buterin a Storm.
Storm também afirmou no X que uma empresa de software e folha de pagamento, a Gusto, desativou sua conta, sugerindo que isso teria ocorrido devido às acusações criminais. O Cointelegraph entrou em contato com a Gusto para comentar, mas não obteve resposta até o momento da publicação.