Em meio ao calor das notícias sobre o drama da FTX, o CEO da Ripple, Brad Garlinghouse, tentou chamar a atenção do público para outro caso relacionado aos crimes das finanças tradicionais. Uma multa de US$ 3,7 bilhões por má administração no banco Wells Fargo foi tratada como, nas palavras de Garlinghouse, “quase um pontinho no radar”.
O CEO da Ripple expressou sua preocupação com a falta de atenção do público ao caso Wells Fargo em seu tweet em 21 de dezembro:
O mundo está (apropriadamente) indignado com a fraude de SBF e FTX, mas quando Wells Fargo também administra mal bilhões em fundos de clientes, é apenas um pontinho no radar. Para se pensar ... pic.twitter.com/uHnumn4Ryi
— Brad Garlinghouse (@bgarlinghouse) 21 de dezembro de 2022
Em 20 de dezembro, o Departamento de Proteção Financeira do Consumidor dos Estados Unidos (CFPB) ordenou que o Wells Fargo pagasse mais de US$ 2 bilhões em reparação aos consumidores, bem como uma multa civil de US$ 1,7 bilhão. De acordo com o CFPB, a conduta do banco levou bilhões de dólares em prejuízos financeiros a seus clientes e custou a milhares de clientes seus veículos e residências.
Ao longo de vários anos, o Wells Fargo cobrou sistematicamente de seus clientes taxas mal avaliadas e cobranças de juros sobre empréstimos para automóveis e hipotecas, taxas ilegais de cheque especial surpresa e cobranças incorretas em contas correntes e de poupança. São 16 milhões de clientes afetados no caso.
Em sua declaração, o diretor do CFPB, Rohit Chopra, disse:
“O ciclo de repetição do Wells Fargo de violação da lei prejudicou milhões de famílias americanas. O CFPB está ordenando que o Wells Fargo devolva bilhões de dólares aos consumidores em todo o país. Este é um passo inicial importante para a responsabilização e reforma de longo prazo deste infrator reincidente.”
Não foi a primeira vez que um dos maiores bancos dos Estados Unidos infringiu a lei e prejudicou os clientes. Em 2016, o Wells Fargo — que tem uma capitalização de mercado de US$ 156,6 bilhões — foi multado em US$ 185 milhões pelo CFPB por criar milhões de contas de poupança fraudulentas em nome de seus clientes sem o consentimento deles. Em 2020, a Wells Fargo concordou em pagar US$ 3 bilhões para resolver sua possível responsabilidade criminal e civil por essa atividade.
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