O Revolut, aplicativo de banco digital do Reino Unido, anuncia uma importante parceria com a Visa para expandir seus serviços globalmente para 24 novos mercados, incluindo o Brasil.

De acordo com um comunicado de imprensa de 30 de setembro, este movimento levará o Revolut para um total de 56 mercados em todo o mundo.

Mercados do Brasil, América Latina e Ásia

De acordo com o comunicado, os termos do contrato estipulam que o Revolut principalmente emitirá cartões de bandeira Visa, na medida em que segue seu impulso de expansão global.

A Visa permitirá que o aplicativo inicie serviços primeiramente na Austrália, Brasil, Canadá, Japão, Nova Zelândia, Rússia, Cingapura e Estados Unidos.

Este primeiro grupo de jurisdições será seguido por Argentina, Chile, Colômbia, Hong Kong, Índia, Indonésia, Coreia do Sul, Malásia, México, Filipinas, Arábia Saudita, África do Sul, Taiwan, Tailândia, Ucrânia e Vietnã.

A parceria reforçada entre as duas empresas se baseia na cooperação existente, que já deu frutos com o Revolut emitindo os cartões Visa pela primeira vez para seus usuários em toda a Europa em julho de 2017, diz o comunicado de imprensa.

Revolut contratará 3.500 novos funcionários

Em entrevista à Reuters em 30 de setembro, o CEO e fundador do Revolut, Nikolay Storonsky, revelou que a empresa contratará cerca de 3.500 novos funcionários após o novo acordo, elevando sua força de trabalho total para cerca de 5.000.

A reportagem da Reuters indica ainda que o lançamento do aplicativo nos EUA e em Cingapura está previsto para o final deste ano, com o Canadá e o Japão vindo na sequência. O cronograma de expansão para os mercados latino-americano e asiático não foi indicado e todos os lançamentos continuam sujeitos à aprovação regulatória.

Storonsky disse à Reuters que o cliente médio do Revolut possui cerca de 1.000 euros em sua conta. Com a base de 8 milhões de usuários do aplicativo, isso se traduz em um saldo total de depósitos de aproximadamente 8 bilhões de euros.

No início deste ano, foi solicitado a Storonksy que refutasse publicamente as alegações de violação e negligência por lavagem de dinheiro da empresa. Um período de publicidade negativa foi seguido por relatórios das planilhas do Reino Unido, alegando que os executivos do Revolut desativaram deliberadamente o software contra a lavagem de dinheiro em 2017.

Os relatórios alegaram ainda que a empresa atraiu a atenção do órgão fiscalizador financeiro do Reino Unido, a Financial Conduct Authority (FCA).

No final de 2017, o Revolut lançou suporte para Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) e Litecoin (LTC).

Em junho, a Visa foi nomeada como uma das empresas que apoiou o projeto de stablecoin Libra, do Facebook, por meio de sua participação em um consórcio de governança independente recém-criado - a Libra Association.

O CEO da Visa, Alfred F. Kelly Jr., enfatizou subsequentemente que as 20 empresas envolvidas com o Libra declaradamente só demonstraram seu interesse por meio de uma carta de intenções não vinculativa.