O senador da Carolina do Norte Thom Tillis, membro republicano do Comitê Bancário do Senado dos EUA, teria alertado que o Congresso tem apenas alguns meses restantes para avançar na legislação sobre cripto antes que as disputas eleitorais interrompam o progresso.
De acordo com uma reportagem da Bloomberg publicada na segunda-feira, Tillis disse que as eleições de meio de mandato de 2026 provavelmente prejudicariam o avanço de qualquer projeto de lei sobre criptomoedas atualmente em tramitação no Congresso, como o marco regulatório aprovado pela Câmara dos Representantes em julho, que agora está sob análise no Senado.
Tillis afirmou que os legisladores devem agir “até o início de janeiro ou fevereiro” para aprovar qualquer legislação durante a atual sessão, que termina em janeiro de 2027.
“Não estou otimista em relação a avançarmos muito em qualquer coisa relacionada a ativos digitais, stablecoins ou cripto neste Congresso”, disse Tillis, segundo a Bloomberg.
Os comentários de Tillis ocorreram em meio à paralisação do governo dos EUA, iniciada em 1º de outubro, após os legisladores não conseguirem chegar a um acordo sobre o projeto de financiamento devido a divergências democratas sobre cortes e subsídios na área da saúde.
Embora o Senado continue em sessão, o presidente da Câmara, Mike Johnson, tem adiado as atividades legislativas desde antes do início da paralisação.
Entre os projetos de lei relacionados a cripto paralisados pela paralisação está o CLARITY Act, aprovado pela Câmara em julho, que líderes do Senado disseram que usariam como base para aprovar uma legislação sobre estrutura de mercado.
A senadora Cynthia Lummis, líder republicana no Comitê Bancário do Senado, afirmou antes do início da paralisação que a versão do projeto no Senado, intitulada Responsible Financial Innovation Act, se tornaria lei até 2026.
Candidato à presidência da CFTC aguarda confirmação no Senado
No sábado, o funcionário da Comissão de Valores Mobiliários (SEC) Michael Selig afirmou que o presidente dos EUA, Donald Trump, o indicou para presidir a Commodity Futures Trading Commission (CFTC), uma das principais agências reguladoras financeiras que influenciam o funcionamento das empresas de cripto no país.
Sua audiência de confirmação ainda não havia sido incluída na agenda do Senado até a segunda-feira.