O Give & Take Lab, laboratório colaborativo de tecnologia com sede em Lisboa, Portugal, lançou um jogo que usa uma criptomoeda social como ferramenta para quem cumprir metas de desenvolvimento sustentável das Organização das Nações Unidas (ONU). A notícia é do jornal português Observador.

Segundo o site oficial do Give & Take Lab, a iniciativa é capitaneada pela alemã Mar Michelle Hausler, que em parceria com a desenvolvedora SpotGames, de Singapura, desenvolveu o game 2030 Agents (Agentes2030 em português europeu).

O jogo tem como objetivo "ensinar estudantes e jogadores como implementar as metas de desenvolvimento sustentável da ONU através de ações concretas. O jogo faz uso de uma moeda social na forma de instruções, a partir das quais eles podem ganhar moedas ao adquirir conhecimento e executar ações em suas escolas e comunidades, de acordo com uma ou mais metas estabelecidas pelas Nações Unidas".

Os jogadores podem se organizar por conta própria ou em grupos para implementar as ações no período em que o jogo estiver ativo, com um ranking de desempenho atualizado semanalmente. Cada escola ou organização vai escolher as 5 metas com maior identificação com a comunidade, e os vencedores serão escolhidos entre aqueles que completaram mais projetos ou ações, de acordo com as metas escolhidas.

Ao Observador, Hausler explica que mudou-se para Lisboa há um ano, quando começou a trabalhar com sustentabilidade e rever suas relações com o dinheiro, a economia e a sociedade. A partir destas questões e a vontade de mobilizar um número maior de pessoas que nasceu o 2030 Agents em forma de jogo social. A alemã explica:

"Os problemas mundiais são tão grandes: temos o plástico nos oceanos, temos problemas na terra, pobreza, etc. e sentimos que não podemos fazer nada. Então, a ideia é levarmos isto a um nível em que as pessoas trabalhem nisso no dia a dia, que mudem os hábitos, percebam que cada ação pequena cria uma ação maior."

A tecnologia criptográfica, em especial a blockchain, já foi utilizada outras vezes com objetivo sustentável. Como o Cointelegraph Brasil noticiou recentemente, a ONU destacou um projeto de uma desenvolvedora brasileira que usa blockchain para rastrear a biodiversidade em parceria com o Grupo Votorantim.

Além disso, a gigante de bebidas Ambev anunciou uma parceria para reciclagem de vidro com rastreamento em blockchain, com promessa de expansão para 20 cidades do Brasil.