Cointelegraph
Gino MatosGino Matos

Polygon e Educar+ levam a Web3 aos jovens do Complexo do Chapadão, no Rio de Janeiro

Primeira TechHouse da Polygon será inaugurada no Rio de Janeiro, e levará o acesso à informática aos jovens

Polygon e Educar+ levam a Web3 aos jovens do Complexo do Chapadão, no Rio de Janeiro
Notícias

Os jovens da favela do Final Feliz, localizada dentro do Complexo do Chapadão, comunidade do Rio de Janeiro, ficarão mais próximos da Web3. A organização sem fins lucrativos Educar+ e a ImpactPlus anunciaram um laboratório de informática social para disseminar a tecnologia na região. A ImpactPlus é o braço de iniciativas sociais na Web3 da Polygon, empresa focada em criar soluções de escalabilidade no Ethereum.

Web3 para todos

Os relatórios contendo previsões para o mercado de criptomoedas em 2023 mostram grande apreço pelo setor de Web3. A ideia de revolucionar a internet através da descentralização, fortalecendo uma cultura voltada aos criadores de conteúdo, foi abordada na maior parte destes documentos.

Não é incomum, contudo, que esse conceito fique retido entre grandes marcas e conglomerados, e se afaste dos extratos sociais mais baixos. O fato da Polygon escolher uma comunidade da capital carioca para abrir sua primeira TechHouse pode ser vista como um importante passo para mudar este cenário.

“Nosso objetivo é fazer jus à descentralização da Web3 e, para isso, ela não pode estar disponível só para quem detém o poder aquisitivo. Para ser realmente descentralizada, a blockchain tem que chegar nas comunidades, ela tem que estar no morro e no asfalto, ela tem que estar tanto na mão de um periférico quanto ela está na mão de um executivo”, afirma Carol Santos, CEO e fundador da Educar+, em comunicado encaminhado ao Cointelegraph Brasil.

A Educar+ afirma ainda que o laboratório será utilizado para ministrar as aulas dos alunos dos cursos de tecnologia, e das turmas de educação, como alfabetização e artes, que terão o ensino integrado às tecnologias esse ano. Além disso, as áreas de audiovisual e a comunidade como um todo também terão acesso às ferramentas da TechHouse.

O laboratório de informática social é um sonho antigo da ONG, que é justificável. Dados publicados em 2021 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, apontam que 28,2 milhões de pessoas no Brasil nunca usaram a internet. Ainda utilizando números do IBGE do mesmo ano, isso representa mais de 10% da população do país.

Agora, os computadores de segunda mão doados por escolas dão espaço para oito kits de computadores, compostos por monitor, mouse, CPU, teclado, fone, mesa, cadeira, webcam, e um data show. Além disso, a ImpactPlus reformou a sala de informática, onde serão conduzidas aulas dos programas digitais Era Digital e Web3Favela.

Imagem: TechHouse da Polygon na favela Final Feliz/Divulgação

Futuro para todos

O programa Era Digital atende crianças e adolescentes da favela Final Feliz. No ano passado, foi aberta uma turma especial com mães de alunos do programa. O Web3Favela, por sua vez, é um projeto de educação focado em Web3 para jovens periféricos, com o objetivo de criar transformação social através da educação sobre blockchain.

"A TechHouse será um espaço que vai levar ao aluno desde a informática básica até a experiência de desenvolver projetos no metaverso, usando o The Sandbox e Vox Edit, por exemplo. Poderemos fazer experimentação de jogos, utilizar diferentes plataformas… As possibilidades são infinitas", conclui Carol.

Imagem: estudantes das iniciativas da Educar+/Divulgação

Leia mais: