O sistema de pagamentos e transferências de dinheiro conhecido como PIX pode ser “a ponte” entre o dinheiro e o mercado de criptomoedas. De acordo com entrevista de Wagner Gomes Martin ao Estadão, o PIX representa uma importante inovação tecnológica para o sistema financeiro do Brasil.

Além disso, o diretor de desenvolvimento de negócios da Veritran relaciona o PIX a utilização de uma moeda digital no Brasil, ou ainda, uma criptomoeda. O executivo ainda compara o DOC e TED a “dinossauros caríssimos”, ao defender o uso de sistemas de envio de dinheiro com menor custo, como o PIX.

No entanto, Martin fala sobre a representação das criptomoedas no que diz respeito ao avanço tecnológico no mercado financeiro. Com transações digitais e sistemas de gerenciamento de dados descentralizados, as criptomoedas representam praticamente a digitalização dinheiro.

PIX e criptomoedas

O sistema PIX é uma tecnologia desenvolvida pelo Banco Central do Brasil que promete transações de forma instantânea. A plataforma ainda deverá confirmar o envio de dinheiro durante 24 horas por dia, em sete dias por semana.

Ou seja, o PIX representa uma revolução para o sistema financeiro do país, onde o DOC e TED ainda são utilizados para a transferência de valores entre instituições bancárias.

Porém, com o lançamento do PIX em novembro, o TED e o DOC correm risco de acabar. Por outro lado, o sistema do BC do Brasil pode representar uma integração com as criptomoedas, ou também, uma moeda digital criada pelo próprio órgão, uma CBDC.

“Toda essa evolução tecnológica também é vista no sistema bancário, e a pandemia do Covid-19 acelerou em anos a necessidade de inovação. No Brasil, dinossauros caríssimos como DOC e TED são os dominantes entre os meios de transferência, além do boleto, que é mais caro que o TED, possui compensações que demoram dias e só processam durante um determinado horário.”

Transformação digital no Banco Central

O Banco Central lançará em breve o PIX´, que promete a validação de transações de forma praticamente instantânea. Em parceria com grandes bancos e instituições financeiras do Brasil, as transações pelo sistema vão acontecer de forma digital.

Assim, as transações podem ser validadas pelo PIX em até quarenta segundos, conforme noticiou o Cointelegraph. Por outro lado, o sistema representa ainda o baixo custo operacional, tendo em vista a cobrança por serviços bancários como DOC e TED.

“O PIX oferta instantaneidade a custo baixo e com segurança de processamento.”

O diretor de negócios ainda fala sobre como o sistema PIX deve impactar outros tipos de serviços, sobretudo aqueles que não utilizam o meio digital para transações de dinheiro.

Por outro lado, Wagner Gomes ainda explica que o PIX pode reduzir o uso de dinheiro físico, o que aproxima ainda mais o sistema criado pelo Banco Central das criptomoedas.

“Temos um instrumento de transferência competitivo, com alto potencial de canibalizar os outros formatos e que propõem a ascensão do digital, uma vez que reduz a necessidade de sacar dinheiro.”

Por fim, o executivo orienta sobre como o PIX deve ser uma importante ferramenta para a consolidação do projeto de uma moeda digital criada pelo Banco Central, uma CBDC.

Dessa forma, como no Brasil existe a previsão do lançamento de uma moeda digital em 2022 pelo BC, o PIX deverá ser utilizado nesse projeto, conforme diz Wagner Gomes ao Estadão.

“Com isso é possível vislumbrar uma criptomoeda regulada por um banco central, operando através de meios digitais. O PIX é um dos instrumentos essenciais para o futuro de uma moeda digital.”

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