O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, declarou que em 2022 o Brasil pode ter o Real Digital.
Desta forma, o Brasil se juntaria às diversas nações do mundo, entre elas China e Suécia, que vêm anunciando a adoação de uma moeda digital criadas por seus bancos centrais (as chamadas CBDC, na sgila em inglês).
Assim, segundo declarou o presidente durante uma live organizada pela Bloomberg, o "Real Digital" deve coexistir junto com o Real "físico".
“Deve-se ter um sistema de pagamentos eficiente e que seja interoperacional, um sistema aberto no qual exista competição e precisa de uma moeda que tenha credibilidade e seja conversível e internacional”, declarou.
Esta é a primeira vez que o BC anuncia uma data para a efetiva circulação de uma Moeda Digital de Banco Central, CBDC, no pais.
Campos Neto
Porém está não é a primeira vez que Campos Neto aborda uma possível emissão de Moeda Digital para o Brasil.
Durante um dos eventos do PIX, Campos Neto, destacou que com a digitalização da economia a moeda nacional precisa ser aperfeiçoada justamente para atender esta nova demanda da população.
"No nosso caso é muito importante o PIX porque vemos daqui para frente a união de uma forma de pagamento instantâneo, aberto e interoperável. com um sistema de dados aberto. Onde ele se encontram em algum momento lá na frente junto com uma moeda que tem que ser aperfeiçoada", disse na época.
Desta forma, segundo vem declarando o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a emissão de uma Moeda Digital para o Real seria um "caminho natural" para o PIX.
"No nosso caso é muito importante o PIX porque vemos daqui para frente a união de uma forma de pagamento instantâneo, aberto e interoperável. com um sistema de dados aberto. Onde ele se encontram em algum momento lá na frente junto com uma moeda que tem que ser aperfeiçoada... Lá na frente a gente enxerga um mundo muito mais digitalizado com uma moeda digital", revelou.
CBDC
No meio de agosto o BC anunciou a criação de um grupo para estudar a emissão de um CBDC para o Brasil.
Desta forma, segundo o BC, o grupo pretende discutir impactos de uma eventual emissão de moeda digital no Brasil.
"Objeto de estudo mundial, a emissão de moeda digital por bancos centrais (central bank digital currency – CBDC) pode ser uma possibilidade para aprimorar o modelo vigente das transações comerciais entre as pessoas e mesmo entre países. Com o intuito de antever o futuro das relações financeiras, o Banco Central formou um grupo de trabalho para discutir impactos de uma eventual emissão de moeda digital no Brasil.", destacou o BC.
Já o chefe adjunto do departamento de tecnologia da informação e coordenador do grupo de trabalho, Aristides Andrade, afirmou que o grupo Grupo de Estudo de CBDC tem até 6 meses para avaliar ou não a emissão de uma Moeda Digital nacional para o Brasil.
"Já participamos de diversos fóruns internacionais sobre o tema e iniciamos oficialmente o grupo de trabalho. Montamos um cronograma e a projeção é que essa fase inicial, de levantamento das informações e sugestão de modelo, seja concluída em seis meses”, afirmou.
Ainda segundo o Banco Central a emissão de um CBDC "distingue-se de criptomoedas sem fidúcia (garantia) nacional, como bitcoins".
"porque trata-se de apenas uma nova forma de representação da moeda já emitida pela autoridade monetária nacional, ou seja, faz parte da política monetária do país de emissão", segundo o BC.
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