A gigante de telecomunicações, Telefónica, que no Brasil é dona da operadora Vivo, anunciou que vai se concentrar, por meio de seu hub de inovação Wayra, no incentivo e desenvolvimento de soluções baseadas em blockchain para o setor de telefonia, segundo declaração de Agustín Rotondo, gerente regional da Wayra na Argentina, Chile e Peru.
De acordo com Rotondo, em entrevista concedida ao portal espanhol Criptonotícias, a empresa pretende lançar o "Programa de Ativação de Blockchain" que pretende incentivar o desenvolvimento de startups do setor e promover a interconectividade de suas soluções com a plataforma em blockchain da Telefónica, que sendo a companhia, é a terceira maior blockchain do mundo, processando cerca de 500 transações por segundo.
"As empresas devem buscar áreas como Internet das Coisas (IoT), realidade virtual e realidade aumentada, análise de dados, inteligência artificial (IA), aprendizado de máquina, segurança cibernética e, finalmente, tecnologias financeiras e de blockchain. Aqueles que se inscreverem para participar do acelerador neste novo período receberão financiamento de até 250.000 euro", destacou.
No Brasil a Telefónica comprou recentemente o fundo nacional Redpoint eventures que se dedica a apoiar startups brasileiras por meio de investimentos, know-how e acesso à uma rede para o desenvolvimento de seus negócios. Segundo informações a compra do fundo pela gigante de telecomunicações também tem como foco aproximar a empresa de novas soluções em blockchain
No início de 2019, a Telefónica, firmou parceria com a gigante Microsoft visando justamente expandir sua atuação no mercado usando blockchain e passou a utilizar o Azure da Microsoft para desenvolver novos serviços para a indústria de telecomunicações.
“Juntos, vamos aplicar a capacidade da Azure e da Azure AI para criar experiências novas e inovadoras para os milhões de clientes da Telefónica ao redor do mundo e moldar o futuro da rede da Telefónica”, comentou na época o CEO da Microsoft, Satya Nadella.
Contudo a plataforma em blockchain da empresa é baseada no Hyperledger e, de acordo com Christoph Steck é Diretor de Políticas Públicas e Internet da Telefónica e vice-presidente da Alastria, a rede é um desenvolvimento interno que controla as rotas de entrega de modem e outros dispositivos.
"Cada vez que um dispositivo é fabricado, ele é gravado na blockchain e todas as etapas intermediárias também são registrada na plataforma e segue assim até que seja instalado na casa do cliente. Então, quando coletamos o equipamento para avarias ou desconexões, seguimos o mesmo processo até que os tenhamos em nossos armazéns. Lá, recondicionamos para dar uma segunda vida, que também controlamos com blockchain. Realizamos até 500 transações por segundo e até 800.000 transações ou alterações no estado dos roteadores por dia", destacou Steck.
A proposta da Telefónica, por meio da Wayra, é que as startups que venham a fazer parte do Programa de Ativação de Blockchain também sejam integradas a esta rede.
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