O Nubank, o principal banco digital do Brasil, divulgou seu balanço financeiro referente ao ano 2019, no qual declarou ter registrado um prejuízo contábil de R$ 313 milhões, um aumento de 212% em relação ao registrado em 2018. Contudo, segundo a empresa, o Nubank escolheu 'perder dinheiro' em 2019.
Segundo o banco, muito utilizado por investidores e empreendedores de Bitcoin e criptomoedas, o prejuízo de deve a expansão do Nubank para países como México e Argentina, além do desenvolvimento de novos produtos para ampliar a atuação da empresa em novos mercados.
“Nosso resultado líquido é diretamente ligado ao nosso ritmo de crescimento: escolhemos investir, crescer e oferecer serviços a mais pessoas. Se o Nubank tivesse mantido o ritmo anterior, o resultado ajustado de 2019 seria positivo – mas, de novo, se trata de escolhas”, diz Gabriel Silva, VP de Finanças do Nubank.
Embora o resultado contábil tenha sido negativo os demais números no balanço apontam para um crescimento do Nubank que conta com mais de 12 milhões de clientes na NuConta. A carteira de empréstimo pessoal do Nubank fechou 2019 com R$254 milhões e 2 milhões de clientes elegíveis.
Além disso, a instituição financeira é avaliada em mais de US$ 10 bilhões e conseguiu captar em outubro de 2019 US$ 400 milhões em uma rodada de investimento. A receita bruta atingiu a marca de R$2,1 bilhões – 70% a mais que no mesmo período do ano passado. Houve crescimento também na base de clientes brasileiros, que saiu de 5,9 milhões para 19,7 milhões em 2019. Uma média de 40 mil novos clientes por dia, segundo comunicado. As receitas de prestação de serviços e rendas de tarifa bancárias foram de R$ 1,035 bilhão em 2019.
Para Carlos Daltozo, head de renda variável da Eleven, o prejuízo já era esperado, pois o modelo de negócio da empresa, embora atue no mesmo mercado, é completamente diferente dos grandes bancos
“Todas essas fintechs têm licença ainda para dar prejuízo nessa fase de crescimento acelerado”, afirma.
O Nubank é hoje, o segundo maior banco em força de marca (em primeiro lugar ficou o Itaú) e o maior banco digital na mesma categoria, segundo um estudo da CVA Solutions, empresa de pesquisa de mercado e consultoria.
Como noticiou o Cointelegraph, a história de empreendedorismo de David Vélez, desde a saída da Colômbia até a criação em território brasileiro do Nubank foi apresentada por uma documentário exibido e produzido pelo Canal History. o episódio faz parte da série Brasil de Imigrantes, que relata a contribuição de seis famílias de estrangeiros que vieram ao Brasil e puderam enriquecer a história, riqueza e diversidade cultural do país.
Fundado em 2013, o Nubank apresenta crescimento acelerado e é hoje o maior banco digital independente do mundo. Com os olhos na digitalização da economia, o Nubank, pela primeira vez desde a sua fundação, abordou oficialmente Bitcoin, Blockchain e criptomoedas em um post em seu blog oficial.
Na postagem, que busca explicar o que é blockchain e como ela pode ser aplicada em diferentes setores, o Nubank dia que "Basicamente, a tecnologia surgiu para que o bitcoin pudesse existir, mas as possibilidades de uso vão muito além das criptomoedas"
"Blockchain não é a mesma coisa que bitcoin (...)Blockchain é a tecnologia que possibilitou a criação da bitcoin e de outras criptomoedas, como Ether e Litecoin, mas ela pode ser usada para diversas outras aplicações. (todo mundo está falando de bockchain) Porque essa é uma tecnologia que permite criar uma série de produtos revolucionários – como as criptomoedas, moedas digitais que não têm lastro em nenhum país, por exemplo. Além das criptomoedas, a blockchain também pode ser usada para validação de documentos – como contratos e troca de ações –, transações financeiras, comercialização de músicas ou filmes, rastreamento de remessas e até votos"
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