Em meio a uma crise de saques e de perda de liquidez, admitida pelo próprio controlador, Cláudio Oliveira, o Grupo Bitcoin Banco, não vem cumprindo as solicitações dos usuários, nem quando o assunto é a troca do saldo bloqueado por produtos, conforme revelou reportagem do UOL, em 04 de setembro.

Segundo o portal, clientes que solicitaram produtos na Get4Bit, uma espécie de e-commerce do GBB, também não tiveram suas solicitações atendidas e receberam apenas canecas, bandanas para pets e camisetas.

Rodrigo Vrubel, investidor do GBB foi um deles, com saldo bloqueado e sem acesso a seus Bitcoins, pediu um refrigerador da marca Consul 334 litros com prazo para a entrega em 30 dias. O pedido foi feito em julho, mas, até agora nada.

"Já estamos quase em outubro, e nada chegou para gente. Eu enviei email duas vezes para a empresa questionando o porquê do atraso, mas nenhum foi respondido", disse Vrubel.

Quem também não recebeu seus produtos foi João Vitor Sanches, que solicitou a troca dos BTC por um Apple Watch, uma câmera GoPro Hero-7 e dois iPhone 8. Resultado, desde julho aguarda a entrega do pedido

"Também não recebi nada e nem perdi mais meu tempo [indo atrás]", disse Sanches.

Em nota encaminhada, segundo a reportagem, o GBB informou que  processos impediram a Get4Bit de entregar o produtos. "os processos jurídicos que se formaram impediram isso de ser viabilizado, travando a operação na plataforma", alega o Bitcoin Banco.

Como noticiou o Cointelegraph, declarou que vai resolver o problema dos clientes do GBB só em 2020.

"Com o saldo de milhares de clientes presos há quatro meses sem uma justificativa provada, (...) Claudio agora diz que espera a normalização das atividades dentro de seis meses, ou seja, só em 2020 (...) Oliveira afirmou que nesse prazo espera ter quitado as dívidas e falou até em voltar a crescer"