O mercado de crédito de carbono tokenizado acaba de ganhar mais uma empresa no Brasil, a Bluebell, criada por Phelipe Spielmann que trouxe para o conselho da empresa nomes de peso do empresáriado nacional como Izabella Teixeira, ex-ministra do Meio Ambiente.

Além de Izabella o conselho da empresa conta também com Eliane Lustosa, conselheira há mais de 20 anos de empresas brasileiras listadas na B3, como CCR, Solví Part, BMG, IBGC, Fibria, Coimex, ALL Logistica, Metalurgica Gerdau, Perdigão, CPFL e BNDES; J.G. Monforte, fundador do Programa de Gestão de Patrimônio e que teve passagens como presidente do conselho da Eletrobrás, presidente do IBGC, conselheiro da JBS, presidente da CC Investimentos e Participações e vice-presidente da ANBID.

A Bluebell conta também com Ludovino Lopes, especializado em direito ambiental internacional e responsável pela criação legal do Bolsa Floresta da Amazônia, pela Lei de Manejo Florestal do Acre e pelo PSA (Pagamento de Serviços Ambientais) do Estado de São Paulo. 

“O crédito de carbono é um formato mais antigo de gerar as compensações... para esse modelo (com tokenização) é necessário o uso do blockchain, que permite o rastreio do processo, diferente dos projetos de geração de crédito de carbono que não têm histórico de dados. A Verra, entidade que certifica e registra a maior parte dos créditos de carbono transacionados no mercado voluntário, já está seguindo essa proposta”, explica Phelipe Spielmann.

Crédito de Carbono tokenizado

Como noticiou o Cointelegraph a Verra, que funciona como uma especie de 'certificadora' global para créditos de carbono, iniciou uma consulta pública sobre o tema.

A entidade é o maior conglomerado de iniciativas de validação de ações ligadas a crédito de carbono no mundo e havia suspendido sua 'aprovação' para ações envolvendo créditos de carbono tokenizados. No entanto ela abriu uma consulta pública para voltar a permitir a tokenização deste tipo de ativo.

Ainda segundo Spielmann, além dos créditos de carbono tokenizados, outras duas variáveis que estão na aposta da nova operação são as iniciativas voltadas às práticas sociais e de governança.

Segundo o executivo, no quesito social, 2% de todo o recurso gerado pela Bluebell será revertido para a comunidade local da propriedade certificada. E, na linha de governança, os ativos ambientes são transformados em tokens 100% rastreados por blockchain, garantindo o lastro, a transparência e a segurança do processo.

Spielmann afirma que os projetos da Bluebell recebem a anuência de certificadoras internacionais e nacionais, como Verra, Gold Stantard e Bureau Veritas, e, com apenas três meses de operação, a empresa já detém 400 mil hectares de áreas assinadas, o que equivale a uma carteira de US$ 40 milhões de faturamento já previsto para o primeiro ano.

Entre seus primeiros clientes então a Eisa, uma das maiores tradings de commodities de café e algodão do Brasil, e a Minerva, líder na América do Sul na produção e comercialização de carne e derivados.

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