Depois de anunciar o lançamento de um banco digital, o MeuBank, a exchange brasileira de criptomoedas, Mercado Bitcoin planeja lançar uma plataforma de crowdfunding chamada Tiger, segundo anunciou o CEO da empresa, Reinaldo Rabelo, em uma publicação no Linkedin.
A Tiger seguirá as determinações da Comissão de Valores Mobiliários do Brasil (CVM), desta forma o MB está de olho na alteração das regras que devem ser publicadas pela CVM que lançou uma audiência pública pedindo opiniões sobre a alteração na Instrução 558.
"(...) surgirá a #Tiger - nossa iniciativa para o mercado de crowdfunding, com proposta igualmente disruptiva. A notícia sobre a abertura de audiência para discussão desta regulação nos anima a continuar a jornada e estruturar o caminho para que o empreendedor organize seu backoffice societário e atraia investidores para suas rodadas de captação (com secundário!)", destacou o CEO.
O Cointelegraph procurou o Mercado Bitcoin para obter mais informações sobre a plataforma e seu funcionamento, contudo a empresa destacou que não pode falar ainda sobre o projeto. Porém, segundo apurou a reportagem, assim como o MeuBank a iniciativa de crowdfunding do MB está sendo desenvolvida por meio de uma parceria, assim como estão sendo feitos os lançamentos do MB Digital Assets e do próprio MeuBank.
Embora o MB não tenha confirmado o funcionamento da Tiger, fontes disseram que a plataforma funcionará, basicamente, como uma plataforma para oferta inicial de exchange (IEO) na qual startups ou empresas que precisam de financiamento para crescer, lançar um determinado produto, entre outras, podem apresentar sua proposta e angariar recursos dos usuários.
Neste sistema a empresa emite uma quantidade de tokens referente ao financiamento que deseja (seguindo as regras da CVM) e também determina como os investidores serão reembolsados pelo investimento como recompra dos tokens, participação nos lucros, entre outros.
O lançamento da Tiger ainda não tem data determinada pois aguarda a definição da CVM sobre as alterações anunciadas na Audiência Pública tendo em vista que a nova Instrução Normativa pode fazer muitas mudanças na atual legislação do setor e com isso ajudar mais na captação de recursos e na democratização e negociação destes investimentos.
Confira as principais características que a CVM pretende alterar para impulsionar o crowdfunding no Brasil:
- Ampliação dos limites de valor máximo de captação, de receita bruta do emissor e de investimento individual anual;
- Expansão das possibilidades de divulgação da oferta;
- Exigência de escrituração dos valores mobiliários e inclusão de novos deveres no regime informacional dos emissores;
- Flexibilização de regras e limites relacionados à dinâmica da condução das ofertas públicas;
- Permissão para que as plataformas atuem como facilitadoras de transações secundárias entre investidores que tenham participado de uma ou mais ofertas do mesmo emissor; e
- Inclusão de prazo máximo para apreciação, pela CVM, de pedido de registro de plataformas.
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