Nesta quinta-feira (14), a Moonbeam Network anunciou uma parceria com a World Jiu Jitsu Certifier (WJJC) para emitir registros de graduação de praticantes e mestres de Jiu-Jitsu na blockchain, na forma de NFTs. A parceria conta também com o provedor de infraestrutura em blockchain W3block. 

A Moonbeam é uma parachain do ecossistema Polkadot, focada em fornecer infraestrutura em blockchains para projetos. Já a WJJC é uma instituição global, que se dedica a reconhecer e certificar praticantes de Jiu-Jitsu. A iniciativa feita em parceria com a WJJC e a W3block levará a tecnologia blockchain aos quase três milhões de praticantes de Jiu-Jitsu ao redor do mundo.

Em razão do grande número de praticantes, que estão espalhados nas mais diversas regiões do mundo, a comunidade de Jiu-Jitsu tem dificuldade em verificar o nível de habilidade de um indivíduo de maneira padronizada. Este é um problema que é compartilhado por outras artes marciais.

A solução encontrada foi substituir o padrão utilizado atualmente, que são certificados assinados à mão, pelo registro imutável e eterno da blockchain. O novo modelo de registro, focado em descentralização e transparência, recebeu apoio de grandes nomes das artes marciais, como Kyra Gracie, Luiz Carlos Guedes e Zé Mário Sperry. A primeira graduação em blockchain deve ocorrer já em 2024.

"É uma honra e uma grande emoção assumir o papel de embaixadora do World Jiu Jitsu Certifier. Esta iniciativa inovadora da WJJC está prestes a trazer um valor imenso e representação para toda a comunidade de Jiu-Jitsu", disse Kyra Gracie. "A abordagem do WJJC para unificar praticantes e instrutores irá aumentar significativamente a integridade e o alcance global de nossa amada arte marcial. Estou ansiosa para fazer parte desta jornada transformadora e contribuir para o crescimento e reconhecimento do Jiu-Jitsu em todo o mundo", completa.

A plataforma de registro da WJJC será o banco de dados definitivo, contendo as certificações obtidas por todos os praticantes de Jiu-Jitsu no mundo, desde os milhões de faixas brancas até os poucos praticantes faixas vermelhas de elite. Além disso, a instituição registrará torneios, ligas e campeonatos, para que os praticantes não apenas tenham suas graduações registradas na blockchain, mas também suas conquistas. 

"A missão da WJJC é fortalecer e unificar a comunidade de Jiu-Jitsu em todo o mundo. A tecnologia blockchain é a única maneira de permitir que nossa comunidade tenha uma voz unificada, transparente e descentralizada. Acreditamos que o Jiu-Jitsu brasileiro definirá o padrão para outras artes marciais", disse Maxon Prestes da WJJC. "A WJJC foi cuidadosamente projetado para escalar globalmente, mantendo um foco constante nos valores fundamentais do projeto."

A W3bLock está abstraindo a maior parte da complexidade para alunos e mestres. Isso significa que, para entrar na plataforma, serão usados padrões utilizados atualmente, como o modelo de login e senha. Em seguida, o mestre, após ser verificado e aprovado na rede da WJJC, certificará o usuário com a graduação, que é representada por um NFT depositado na carteira do usuário.

Sicco Naets, Chefe de Desenvolvimento de Ecossistema na Moonbeam Foundation, se mostrou animado com a parceria.

"Estamos orgulhosos de nos associar à W3block e à WJJC nesta empolgante e inovadora aplicação do mundo real da tecnologia blockchain", disse. "O Brasil é conhecido em todo o mundo por sua cultura vibrante, e o Jiu-Jitsu é um excelente exemplo das contribuições do país para a comunidade global.”

No dia 30 de novembro, a Moonbeam anunciou outra iniciativa envolvendo o Brasil, que foi a criação de um sistema de engajamento utilizado blockchain para o Grupo RÃO, em parceria com a brasileira DUX.

Alexandre Icaza, fundador e co-CEO da W3bLock, afirma que este é um dos melhores casos de uso para a blockchain. "Nossa equipe trabalhou incansavelmente para fornecer a todos os alunos todas as características da Web3, ao mesmo tempo que abstrai a complexidade da Web3. Usamos a mais recente tecnologia de abstração de carteira, permitindo que os usuários usem suas próprias carteiras, se preferirem", conclui.