Um estudo feito pela empresa de consultoria PwC e divulgado pelo jornal inglês Telegraph afirma que o consumo energético para mineração de um Bitcoin equivale a quase dois meses de consumo de eletricidade de uma típica casa inglesa.

Com o aumento da dificuldade de mineração e do halving do Bitcoin, marcado para maio de 2020, o cenário deve ficar ainda pior, afirma a publicação. 

De acordo com o relatório, existem aproximadamente 4 milhões de equipamentos de mineração em todo o mundo, usados por mineradores de Bitcoin e de outras criptomoedas.

Segundo Alex de Vries, especialista em blockchain da PwC, 98% deles nunca alcançarão seu objetivo, ou seja, receber a recompensa da mineração

Ele também observou que esses equipamentos para mineração têm um período de existência relativamente curto e não podem ser reutilizadas depois disso:

"O mais chocante é que a vida útil média de uma máquina de mineração de Bitcoin é de um ano e meio, porque temos uma nova geração de máquinas que são melhores para fazer esses cálculos. Isso significa que é impossível para 98% dos dispositivos fazer o cálculo que realmente resulta em recompensa. Então, o resto fica sem sentido por alguns anos, gastando energia e produzindo calor, e então eles acabam sendo destruídos porque não podem ser reaproveitados. É insano."

De acordo com o relatório da PwC, cada transação de Bitcoin utiliza cerca de 657,39 kWh de eletricidade. 

Para colocar as coisas em perspectiva, isso equivale a 59 dias de energia para uma família britânica comum.

De Vries também informou sobre a pegada de carbono deixada após a mineração:

"É o mesmo que assistir a mais de 52.000 horas de YouTube ou fazer mais de 780.000 transações com Visa."

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