Uma parceria entre a Prefeitura de Belo Horizonte (MG) e a gigante de tecnologia Microsoft levou à implementação de tecnologia blockchain para os estacionamentos públicos da capital do estado brasilero de Minas Gerais. A notícia foi publicada pelo Época Negócios no último sábado, 14 de abril.

Segundo a matéria da Época, a prefeitura buscava alternativas aos talões de estacionamento público da cidade, através da adoção de um aplicativo móvel, como já aplicado em outras capitais brasileiras como São Paulo, Fortaleza e Salvador.

O governo então teria assumido a digitalização e capitaneado o desenvolvimento da solução em blockchain em parceria com a Microsoft Brasil. A solução centraliza os dados do serviço e reúne mais de 20 empresas diferentes, que desenvolveram apps próprios para a venda dos créditos ao consumidor final.

Segundo a publicação, o presidente da Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte (PRODABEL), Leandro Garcia, teria dito que a prefeitura havia optado por assumir o desenvolvimento pois seria mais lucrativo para a gestão pública e que de outra forma o “município ficaria com uma fatia muito pequena" da arrecadação.

O diretor de tecnologia da Microsoft no Brasil, Ronan Damasco, também foi ouvido pela Época Negócios e defendeu as qualidades da implementação de blockchain para serviços públicos como a emissão de tickets para estacionamento.

“A segurança dada pela blockchain praticamente elimina a possibilidade de fraude. É um banco de dados em que as partes só escrevem as informações referentes à suas próprias vendas, e lêem as dos outros. Depois que os dados entram no sistema, não é possível alterar.”

Segundo o texto, 20 empresas diferentes oferecem aplicativos próprios para a venda dos talões digitais de estacionamento, com “certa liberdade para definir o preço dos créditos”. 

O “bilhete” é comprado por elas pela empresa pública de gestão de trânsito da capital mineira, a BH Trans, com 15% de deságio (garantindo à prefeitura 85% da renda).

O diretor da Microsoft também defendeu a blockchain, dizendo que acredita que a tecnologia deve ganhar cada vez mais espaço no setor público.

“Hoje existe uma ansiedade em relação ao blockchain, no sentido de quando serão apresentados resultados efetivos. E, dadas as características da tecnologia, a tendência é de que muitas soluções como essa apareçam”, concluiu Ronan Damasco.