Ricardo Salinas, fundador e presidente do conglomerado mexicano Grupo Salinas, afirmou que 70% de seu portfólio de investimentos agora está alocado em ativos relacionados ao Bitcoin — um aumento em relação aos 10% em 2020.

Falando à Bloomberg em 4 de março, Salinas disse que está “praticamente 100%” em Bitcoin (BTC), enquanto os 30% restantes de seus investimentos estão em ouro e mineradoras de ouro.

“É isso. Eu não tenho um único título e não tenho outras ações.”

A alocação de 70% em Bitcoin presume excluir as ações que ele possui na empresa de seu grupo, a Grupo Elektra SAB de CV, que possui um valor de mercado de 75,15 bilhões de pesos mexicanos (US$ 3,64 bilhões), conforme dados do Google Finance mostram.

Salinas se referiu ao Bitcoin como o “ativo mais difícil do mundo”, apontando para o limite fixo de oferta do Bitcoin. Ele recomendou que investidores pratiquem a estratégia de compra parcelada — adquirindo pequenas quantidades de BTC ao longo do tempo.

“Compre tudo o que puder. O Bitcoin não vai para outro lugar além de cima, porque a dinâmica é tal que ele é o ativo mais difícil do mundo.”

“Nem mesmo o ouro é tão difícil assim. Seu ouro é inflacionado em cerca de 3% ao ano por meio da produção adicional de minas. O Bitcoin não,” acrescentou Salinas. “Nunca o venda.”

Traduzido, o post de Salinas diz: “Saudações sobrinhos, meu amigo @saylor envia seus melhores votos para todos vocês antes de sua conferência #Bitcoin em Miami.” Fonte: Ricardo Salinas

Salinas, que tem um patrimônio líquido de US$ 4,6 bilhões, aumentou sua exposição ao Bitcoin desde novembro de 2020, quando afirmou que 10% de seu portfólio líquido estava investido em Bitcoin.

O bilionário afirmou que sua alocação subiu para 60% na Conferência Bitcoin 2022, realizada em abril daquele ano.

Na conferência, Salinas disse ao Cointelegraph em uma entrevista que foi “convertido ao Bitcoin” pelo ex-CEO da Grayscale, Barry Silbert, entre 2012 e 2013, e fez seu primeiro investimento em Bitcoin quando a moeda estava a US$ 200.

Salinas tem buscado transformar uma subsidiária de sua empresa, o Banco Azteca, no primeiro banco mexicano a aceitar Bitcoin desde pelo menos 2021 — no entanto, ele tem enfrentado batalhas regulatórias nesse esforço.

Seus comentários sobre Bitcoin vieram enquanto ele revelava seu plano de remover a empresa de serviços financeiros e varejo Grupo Elektra do Grupo Salinas, para permitir que ele administrasse esse negócio como deseja.