Na última terça-feira (13) ocorreu a premiação do Digital Awards Brasil 2022, cuja finalidade é reconhecer o desempenho de pessoas e marcas dentro do ecossistema digital brasileiro. O metaverso marcou presença na premiação através da MetaMundi, que venceu a categoria “Agência para Web3 e Metaverso”.

A premiação se deu através do case da imobiliária Housi, que fez a primeira venda de um imóvel totalmente através do metaverso. Byron Mendes, cofundador da MetaMundi, avalia que o metaverso é um tema que “continua quente”.

Metaverso e grandes nomes

O Digital Awards Brasil 2022 contou com indicações de influencers como Felipe Neto e Casimiro, além de marcas como L’Oreal e Magalu. Steffen Dauelsberg, cofundador da MetaMundi, vê como muito positiva a presença do metaverso entre nomes de peso. Além disso, ele acrescenta que o prêmio recebido “reflete o trabalho pioneiro e o comprometimento da MetaMundi em soluções inovadoras”.

Um relatório publicado em junho pelo Strategic Market Research prevê que o metaverso será um mercado de US$ 678,8 bilhões em 2030. Embora o tema tenha iniciado 2022 de forma promissora, as buscas por “metaverso” no Google declinaram ao longo do ano, exceto por dois picos de interesse.

Imagem: pesquisas do termo "metaverso" no Google em 2022/Google Trends

Apesar da queda de atenção pelo mainstream, o metaverso ainda desperta grande interesse em empresas, destaca Byron Mendes, cofundador da MetaMundi. 

“Se observarmos, veremos que muitas empresas de grande porte estão envolvidas em algum nível com o metaverso. E a tendência é que, conforme novas ferramentas de ativação ou de funcionalidades para o metaverso forem surgindo, novas ondas de interesse acompanhem esse crescimento”, diz Mendes.

Ele cita como exemplo o evento Rio Innovation Week (RIW), realizado em novembro. A MetaMundi criou um espaço dentro do evento dedicado ao metaverso, e os organizadores apontam que esse ambiente foi o mais comentado de todo RIW.

Tema continua “quente”

Ainda abordando a queda de interesse do mainstream no metaverso, Byron Mendes destaca que o tema continua quente. “Posso afirmar isso com bastante tranquilidade”, reforça. Ele reconhece que o frenesi gerado em novembro de 2021, quando o Facebook passou a se chamar Meta e revelou seus planos para o metaverso, não existe mais. Este mercado, contudo, segue se consolidando. 

“Existe todo um trabalho das empresas para entenderem isso. Eu estou sendo contactado, inclusive, para contribuir com um MBA de uma universidade internacional e auxiliar os alunos no entendimento do metaverso”, afirma Mendes.

O cofundador da MetaMundi comenta ainda os esforços feitos por áreas consideradas tradicionais dentro do metaverso. “Empresas de recursos humanos, por exemplo, estão tentando entender melhor esse ambiente na capacitação e integração de profissionais utilizando um ambiente virtual.”

Até mesmo entidades governamentais estão se aventurando no metaverso, com um dos exemplos mais notórios sendo a capital sul-coreana, Seul. Em setembro, um protótipo de uma versão da cidade no metaverso foi revelado. O objetivo é permitir que pessoas do mundo todo conheçam a cidade, e dar mais praticidade a residentes da capital sul-coreana, que poderão acessar alguns serviços públicos diretamente pelo metaverso.

“O momento é de consolidação. Para mim, o tema continua quente, relevante, e tem saído cada vez mais desse estado de ‘coisa mística’, passando a ser uma nova camada de experiência, que vai fazer parte de grande parte da humanidade nos próximos anos”, conclui Mendes.

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