A empresa japonesa de investimentos Metaplanet garantiu um empréstimo de 1 bilhão de ienes japoneses (US$ 6,8 milhões) de um de seus acionistas para comprar mais Bitcoin.
O empréstimo da MMXX Ventures — um acionista da Metaplanet — tem uma taxa de juros de 0,1% ao ano e um prazo de seis meses a partir de 8 de agosto. A empresa revelou em um comunicado que será pago de uma só vez.
Se aproximadamente 100% dos US$ 6,8 milhões do empréstimo fossem destinados ao Bitcoin, a empresa poderia comprar mais 118,5 Bitcoin (BTC) aos preços de mercado atuais.
O anúncio vem apenas dois dias após a Metaplanet revelar planos para levantar US$ 70 milhões por meio de uma oferta de direitos de ações, com US$ 58 milhões desse valor destinados a investimentos em Bitcoin.
A Metaplanet anunciou em 13 de maio que adotará uma “gama completa de instrumentos de mercado de capitais” para fortalecer suas reservas de Bitcoin, semelhante à estratégia da MicroStrategy.
A empresa inicialmente adotou a estratégia para se proteger contra o agravamento da dívida do Japão e a rápida desvalorização do iene japonês.
Antes disso, a Metaplanet era uma empresa “zumbi” típica, disse seu CEO, Simon Gerovich, na conferência Bitcoin 2024 no final de julho.
Gerovich lembrou de lutar para limpar o balanço da Metaplanet e pagar dívidas antes de perceber que o Bitcoin — o “ativo monetário de ápice” — poderia colocar a empresa em uma posição melhor para ter sucesso a longo prazo.
Até agora, a Metaplanet comprou 246 Bitcoin no valor de US$ 13,95 milhões aos preços de mercado atuais de sete compras separadas, mostram dados do Bitcoin Treasuries.
O preço médio de compra de Bitcoin da empresa é de US$ 65.145, o que significa que está 12,8% abaixo desde seu primeiro investimento em Bitcoin em 23 de abril.
Dados do Google Finance mostram que o preço das ações da empresa subiu 290% desde que anunciou seu plano de Bitcoin em 9 de abril, negociando a 643 ienes japoneses (US$ 4,39). No entanto, está abaixo de sua alta do ano de 3.000 ienes japoneses (US$ 20,50), registrada em 24 de julho.
Essa queda foi exacerbada pelo “Black Monday” da indústria de criptomoedas em 5 de agosto, que viu o Bitcoin cair 10% em uma janela de duas horas.
