Durante o Modular Summit, evento promovido pela Ripio em São Paulo, o Mercado Livre anunciou que começou a dar dólares de graça para os usuários brasileiros na plataforma via sua stablecoin Meli Dólar. O anúncio foi feito por Juan Vita, product senior director do Mercado Pago.
O sistema de cashback com criptomoedas havia sido implementado pelo Mercado Livre no ano passado, com a MeliCoin, criptomoeda lançada na época pelo grupo. Conforme informou Vita, atualmente os usuários podem continuar ganhando cashback com a MeliCoin e também agora com a Meli Dólar.
"Nossa estratégia para a Melicoin nos próximos meses é continuar crescendo no Brasil. Também estamos nos preparando para lançar no México, o que é algo que estamos muito animados. E sim, temos planos de expansão para outros países. Estamos sendo cuidadosos com esse processo, pois queremos garantir que cumprimos todos os requisitos internacionais em cada local onde operamos. No futuro, esperamos também abrir a plataforma para um público maior", disse Vita.
Segundo Vita, os usuários podem ganhar cashback em Meli Dólar por compras no Mercado Livre (as compras que dão cashback na stablecoin serão sinalizadas diretamente no anúncio do produto), além disso, também haverá cashback com compras no cartão do Mercado Pago e os holders de Meli Dólar vão receber recompensas adicionais para outras compras.
"É um processo contínuo de testes e ajustes. Por enquanto, estamos focados no MeliDollar, que consideramos uma solução mais simples para esse caminho de experimentação."
Recentemente, como noticiou o Cointelegraph, o Mercado Pago anunciou a compra e venda de Meli Dólar, direto no app do Mercado Pago em parceria com a Ripio. Assim como stablecoins como o USDT, a cripto do Mercado Pago mantém paridade com o valor do dólar americano e tem por objetivo oferecer mais uma opção prática e estável para a administração das finanças.
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Como diferencial do lançamento, o aplicativo do Mercado Pago não cobrará taxas para a intermediação das operações de compra e venda, sendo permitida a compra da Meli Dólar pelo app a partir do saldo em conta no Mercado Pago, em real, mantido pelo usuário.
Mercado Livre
No ano passado, como parte de suas obrigações regulatórias como uma empresa listada no mercado de ações dos EUA, o Mercado Livre revelou uma alta de 250% a quantidade de Bitcoin e criptomoedas mantidas pela empresa, que pertencem aos seus usuários.
A trajetória do Mercado Livre neste mercado de ativos digitais remonta a dezembro de 2021, quando a empresa deu início à oferta de Bitcoin e Ethereum para seus clientes. Essa decisão estratégica sinalizou uma clara aposta na diversificação dos serviços e ativos oferecidos, e os resultados estão se tornando cada vez mais evidentes.
Em 2021, a empresa também anunciou a incorporação de BTC em seu patrimônio. Cerca de 10 meses depois destas ações, o ML anunciou o lançamento de uma criptomoeda própria, a Mercado Coin cuja proposta é fidelizar os clientes ao ecossistema do Mercado Livre.
Marcos Galperin, fundador e CEO do Mercado Livre, anunciou em 2021, o investimento de parte de sua fortuna pessoal na empresa de Bitcoin e criptomoedas Ripio.
O investimento de Galperin fez parte de uma nova rodada de investimentos realizada pela exchange argentina que arrecadou US$ 50 milhões nesta rodada de investimentos de Série B, que foi liderada pelo Digital Currency Group (DGC).
Além da DGC e de Galperin a rodada também contou com investimentos de Martin Migoya (fundador e CEO da Globant). Atualmente o Grupo Ripio, já conta com investimentos da Tim Draper, Boost.vc., entre outros.
Em outra ocasião ele destacou que o Bitcoin é melhor que o ouro como investimento
"Acho que o BTC como reserva de valor é melhor do que o ouro. Mas ele não substituirá as moedas de curso legal por conta do custo de energia necessário para processar suas transferências (a computação quântica pode mudar isso)", declarou.