A exchange Mercado Bitcoin fechou uma parceria estratégica com o Google para migrar todos os seus serviços para o Google Cloud.

A decisão veio após uma análise sobre as necessidades da empresa, que cresceu 15 vezes nos últimos 18 meses.Hoje, a exchange soma mais de 2 milhões de clientes, segundo dados oficiais. As projeções para os próximos anos são de crescimento entre 100 e 200 vezes.

Segundo revelou a empresa, o MB já utilizava algumas soluções do Google para armazenamento de dados. Porém, os serviços principais ainda estavam em outro provedor de nuvem e então fecharam a parceria para o uso do Google Cloud.

“O que mais nos chamou atenção foi a qualidade no atendimento, a segurança, a estabilidade e a performance”, destacou Ivan Perez, CTO do Mercado Bitcoin.

O setup ficou pronto em apenas 40 dias, enquanto a migração em si foi realizada em 8 horas, sem interrupções críticas para os clientes.

Mercado Bitcoin e Google

De acordo com a empresa, após a mudança, a equipe de tecnologia notou uma melhora de até 50% na performance dos serviços mais críticos, especialmente nos percentis 95 e 99, que refletem os tempos de resposta mais desafiadores.

Além disso, os clientes começaram a relatar uma navegação mais rápida e estável, tanto no site quanto no aplicativo da exchange.

“As soluções do Google Cloud nos ajudam desde a proteção contra phishing até a mitigação de ataques de robôs. Isso reforça a proteção dos nossos clientes e da nossa operação”, explicou o CTO.

Além disso, a empresa revelou que o uso de ferramentas como o Google Kubernetes Engine e o Cloud SQL trouxe ganhos importantes no monitoramento e na gestão das aplicações. A equipe agora opera com mais dados, mais visibilidade e maior controle sobre tudo que acontece na plataforma.

“O Stackdriver é muito bom. O nível de detalhamento que temos nos logs, nas métricas e nos alertas é o melhor que já usamos”, reforçou Perez.

Redução de custos e base para expansão

Segundo o MB, a mudança para o Google Cloud também impactou diretamente os custos operacionais. A estimativa inicial aponta para uma redução de despesas entre 15% e 30%, além dos ganhos com produtividade e velocidade.

“Estamos migrando para um modelo muito mais automatizado, consistente e robusto, tanto em produção quanto nos testes. Isso nos dá uma base sólida para crescer com segurança e velocidade”, concluiu Ivan Perez.