Nesta quarta-feira (1º), a Gear Ventures anunciou o aporte de R$ 10 milhões na Pacific, uma empresa brasileira focada em cibersegurança. O investimento foi feito durante uma rodada de captação Série A. A Gear Ventures é o fundo de capital de risco (VC, na sigla em inglês) dos fundadores do Mercado Bitcoin (MB).
Um desafio das empresas de cibersegurança atualmente é criar estratégias de proteção que acompanhem os avanços tecnológicos, aponta a Gear Ventures. Na visão do VC, a Pacific tem lidado de “maneira única” com esse desafio.
“Investir na Pacific foi uma decisão fácil. Eles tornam mais seguras as empresas por onde passam. Eles focam em mapear ameaças reais ao core business que podem ter impacto significante no negócio”, aponta Maurício Chamati, fundador e ex-CTO do Mercado Bitcoin e sócio da Gear Ventures. “Ninguém faz um trabalho tão profundo e com tanta riqueza técnica como eles”, acrescenta.
Antônio Arruda, fundador e CEO da Pacific, afirma que o aporte recebido permitirá a aceleração dos planos de expansão da empresa.
“Imagine que diante de tanta inovação, os dados já não têm barreiras. Quando pensamos em protegê-los, temos que pensar numa cadeia de suprimentos onde nossos dados pessoais ou empresariais estão distribuídos. O aporte vai acelerar o desenvolvimento do nosso algoritmo proprietário de Rating para que as empresas e pessoas possam avaliar, com apenas um clique, a segurança de seus dados por toda essa cadeia”, explica Arruda.
A Pacific, startup nascida em Belo Horizonte, já atua há quase uma década na construção de modelos de ameaças cibernéticas e nas ações corretivas que devem ser adotadas pelas empresas, assim como no mapeamento de possíveis ataques.
Para o CEO da startup, uma estratégia capaz de proteger uma empresa não se baseia apenas na simulação de uma invasão. É necessário simular ataques a processos do negócio, com a capacidade de provocar impactos financeiros expressivos, ou até mesmo interromper a operação.
Ao focar as investidas nos processos mais críticos, o resultado obtido é mais velocidade na proteção do que é prioridade na cadeia de negócios, evitando distrações na implementação do programa de cibersegurança.
“Criamos um produto de consultoria eficaz e transparente na identificação dos riscos mais relevantes a partir da simulação de um ataque real. Também buscamos utilizar as lições aprendidas nessas simulações para definir uma estratégia de cibersegurança. A melhor forma de se proteger é aprender com o ataque”, conclui Arruda.