O mercado de criptomoedas operava a um market cap de US$ 3,65 trilhões (-3%) na manhã desta quarta-feira (18), quando o Bitcoin (BTC) era transacionado em torno de US$ 104,2 mil (-2,7%) com 56,5% de dominância de mercado, sentimento dos investidores em região de ganância (80%) e a maioria das altcoins no vermelho, apesar de altas de até quatro dígitos percentuais nas últimas 24 horas.
O fluxo de saída líquida de capital no período coincidia com o movimento de índices acionários que se correlacionam em até 70% com o desempenho do Bitcoin, caso do S&P 500 e Nasdaq, encerrados respectivamente e 6.050,61 (-0,39%) e 20.109,06 pontos (-0,32%). Em direção contrária, o índice de força do dólar americano (DXY) encerrou em 106,99 pontos (+0,03) com a moeda cotada a R$ 6,12.
Essas combinações podiam ser traduzidas como reflexo da cautela de parte dos investidores com a atualização da taxa de juros básica do Federal Reserve (Fed) nessa quarta-feira, quando se encerra a última reunião do ano do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês). Isso porque o colegiado de política monetária do Banco Central dos Estados Unidos pode manter ou não o patamar atual de 4,50% a 4,75% ao ano. A depender da decisão, é possível que mercados como o de criptomoedas apresentem forte volatilidade ao longo do dia, já que a taxa de juros mexe com o custo do dinheiro.
Outro termômetro de cautela, o Cboe Volatility Index (VIX), conhecido por índice do medo, avançava a 15,59 pontos (+6,13%) com ascensão acumulada de 14,2% em cinco dias. Por outro lado, o impacto podia ser considerado irrisório no mercado de criptomoedas, por ora, já que os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin e de Ethereum (ETH) continuaram o movimento de compra e avançaram por respectivas entradas líquidas de US$ 493,95 milhões e US$ 144,74 milhões, segundo dados da plataforma SoSoValue.
Na seara das principais altcoins em capitalização de mercado, o HNT recuava a US$ 7,98 (-12%), o PÝTH se retraía a US$ 0,43 (-9,8%), o APT retornava a US$ 12,76 (-9,6%), o WIF valia US$ 2,56 (-9,5%), o STX valia US$ 2,18 (-8,8%), o DYDX se localizava em US$ 1,90 (-9,3%), o MOVE representava US$ 0,67 (+9,2%), o OM estava precificado em US$ 4,11 (+4,8%), o HBAR era negociado por US$ 0,29 (+2,8%), o UNI era trocado por US$ 16,50 (+2%) e o RON atraía US$ 2,44 (+3,4%).
Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o BGB era negociado por US$ 4,36 (+17,4%), o FARTCOIN era transacionado por US$ 0,87 (+14%), o SDEX se comparava a US$ 0,015 (+31,4%), o CHEEMS se localizava em US$ 0,0000011 (+23%), o AIXBT pareava US$ 0,28 (+17,2%), o ANT alcançava US$ 2,36 (+51%), o APX se convertia em US$ 0,17 (+24,9%), o PEPU era liquidado por US$ 0,021 (+54%) e o UTK orbitava US$ 0,12 (+22,7%).
Um dos destaques era a memecoin baseada em Solana Pudgy Penguins (PENGU), trocada de mãos por US$ 0,033 (+563%). Ascensão que ultrapassou 2.000% na Binance nas últimas horas, já que a exchange listou o token com um preço de abertura de US$ 0,0033 (R$ 0,020) e o PENGU atingiu um pico de preço de 0,070 (R$ 0,42).
Gráfico de quatro horas do par PENGU/USD. Fonte: Captura de tela/Binance
Entre as novas listagens em exchanges de criptomoedas estavam TOMA na Bitget, BALL na Gate.io, BLUE na Bybit Futuros, TANK, BLINK e SEND na CoinEx, BUSINESS, PUCCA e ALF na AscendEX, M3M3 e USUAL na Kucoin, NOVA na BitMart, PNUT e MOODENG na Kraken, HYPE na Bitvavo, ISLAND na Gate.io e Bitget e PENGU na OKX Futuros.
No dia anterior, três criptomoedas subiram até 3.500% em listagem e airdrop na Binance em meio a uma nova máxima histórica do Bitcoin, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.