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Helen PartzHelen Partz

Maduro dá ordens para estatal venezuelana vender 4,5 milhões de barris de petróleo para estimular criptomoeda Petro

O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, anunciou que a estatal PDVSA venderá 4,5 milhões de barris de petróleo em troca da criptomoeda Petros.

Maduro dá ordens para estatal venezuelana vender 4,5 milhões de barris de petróleo para estimular criptomoeda Petro
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A Venezuela venderá em breve parte das reservas de sua estatal de petróleo e gás para sua criptomoeda nacional, a Petro (PTR).

O presidente venezuelano Nicolas Maduro assinou um decreto para vender 4,5 milhões de barris de petróleo da reserva certificada de 30 milhões de barris mantida pela Petroleum of Venezuela (PDVSA), conforme a empresa estatal oficialmente anunciou em 14 de janeiro.

Segundo a PDVSA, Maduro anunciou a notícia em um discurso na Assembléia Nacional Constituinte - uma assembléia eleita em 2017 para redigir uma nova constituição para a Venezuela.

Vendas de petróleo são um mecanismo de exploração

Quando a venda inicial de 4,5 milhões de barris for concluída, a empresa começará a venda de 50.000 barris por dia em Petros, como um "mecanismo de exploração" para a stablecoin apoiada em petróleo. Maduro disse que a iniciativa será vital para a consolidação da Petro, afirmando:

"Estamos nos preparando para a segunda fase que permitirá um uso mais eficiente da criptomoeda."

Além disso, Maduro também decretou que todo combustível de avião usado para cobrir rotas internacionais deveria ser vendido em Petros. O presidente teria declarado que esse esquema permitirá à Venezuela "abrir caminhos para a nova economia" e construir um mundo de "paz e integração dos povos, sua felicidade e melhoria".

Maduro disse que o Petro será uma ferramenta importante para a luta do país contra a máfia. Maibort Petit, escritora e jornalista venezuelana, citou Maduro:

“Muitas pessoas não querem mudar para o Petro porque têm negócios em dólares. A máfia e outros ladrões não gostam da criptomoeda porque corta suas mãos."

Alguns comentaristas foram ao Twitter para se opor ao plano de Maduro, alegando que o Petro é um "roubo disfarçado sob 4,5 milhões de barris". Alguns disseram que a venda de petróleo das reservas nacionais do país viola a constituição da Venezuela.

Conforme noticiado pelo Cointelegraph em novembro de 2019, Maduro supostamente cortou as reservas do Petro de cinco bilhões de barris de petróleo para 30 milhões. O acentuado declínio foi resultado de sanções dos EUA à PDVSA.

Lançado em fevereiro de 2018, o Petro se tornou a primeira criptomoeda nacional lastreada em petróleo do mundo. No final de 2019, Maduro ordenou que aposentados e pensionistas venezuelanos recebessem seu bônus de Natal em Petro.