Na expectativa por uma semana que promete potencializar as especulações e, consequentemente, a volatilidade do mercado de criptomoedas por causa da reunião do comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, possivelmente acompanhada de um novo anúncio de alta na taxa de juros, o Bitcoin (BTC) operava com uma leve alta (+0,54%) na manhã de domingo (18), quando era trocado de mãos pouco acima de US$ 19,9 mil.

Mesmo com a proximidade do esperado “vendaval”, a principal criptomoeda do mercado poderá testar um rali nos próximos dias, em direção aos US$ 23 mil, segundo avaliação do popular trader de pseudônimo Capo, que possui cerca de 522 mil seguidores no Twitter. 

Capo preferiu falar muito mais pelos gráficos do que pelas palavras. Isso porque, o analista sugeriu que o volume de vendas da principal criptomeda do mercado encolheu nos últimos dias e reduziu a força dos ursos.

"Volume de vendas morrendo. Isso parece um fundo local", disse. 

Em outra publicação, Capo projetou o BTC em direção aos US$ 23 mil, mas o gráfico apresentado por ele mostrava o BTC novamente em queda acentuada após o possível rali, em direção aos US$ 16 mil.

“Adicionado mais a esta negociação de BTC. Risco/Recompensa = 2,75.

Risco total nesta negociação = 3%. Risco total do meu portfólio (BTC+ETH) = 5%. USDT = 95%”, escreveu.

Em outra publicação do Twitter, do  criador do recurso de negociação AlphaBTC, Mark Culler, referente a um possível salto do BTC no final de semana em direção aos US$ 20,7 mil, Capo foi indagado por um interlocutor em relação a um possível rali sucedido de uma nova queda do BTC. 

“Sim, US$ 23 mil antes de US$ 16 mil em minha opinião”, respondeu. 

O analista de commoditties da Bloomberg, Mike McGlone, em entrevista à Kitco News, entre outros assuntos, foi por outro caminho e abordou a possibilidade de o Bitcoin chegar aos US$ 100 mil em menos de três anos. 

“Aqui está o fator chave sobre o Bitcoin. Para mim, é uma questão de tempo até chegar a US$ 100 mil. O fato chave é por código, a oferta está diminuindo. Você não pode mudá-lo. A adoção e a demanda estão aumentando. A menos que você espere que isso se reverta, o que eu não espero. Acho que vai acelerar. Cada sinal que vejo está acelerando. Continuará apreciando. É só uma questão de tempo”, argumentou.  

Ele acrescentou que a baixa do Bitcoin pode ser comparada ao que aconteceu com a Nasdaq em 2002, quando um crash abateu a segunda maior bolsa dos Estados Unidos, arrastada por escândalos contábeis envolvendo algumas montadoras do país, que também impactou o índice Standard & Poor's 500 (S&P 500). 

“Assim que passarmos por esse período, de apenas um pouco de limpeza dos excessos, voltaremos a um mundo onde o número um, os EUA, é completamente dominante. Veja: os EUA, o maior produtor e exportador líquido de energia do mundo, e o maior exportador líquido de agricultura do mundo. Como isso aconteceu? Adotando a tecnologia”, completou. 

No caso de Capo, no início de agosto, pouco mais de um mês antes do The Merge (fusão) da rede Ethereum (ETH), o analista alertou seus seguidores dizendo que os traders estavam “cegos” com The Merge e apostou em uma nova queda do Bitcoin, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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