O ex-presidente do Brasil, Luis Inácio Lula da Silva, teve transferência de Curitiba para São Paulo autorizada pela justiça em uma decisão da juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Judicial de Curitiba, no Paraná, expedida na manhã desta quarta-feira, 07 de agosto, segundo noticiou em massa e imprensa brasileira.
Até o momento, caso a decisão não seja revogada, Lula cumprirá pena no Estado de São Paulo atendendo a pedido da defesa do ex-presidente.
“No caso, como já explicitado, as razões de segurança, preservação da ordem e administração da justiça inicialmente presentes não mais justificam a manutenção do apenado no local da condenação. Para além disso, a situação ora verificada tem trazido, a cada dia, contínuo e crescente prejuízo ao interesse público, com o emprego de recursos humanos e financeiros destinados à atividade policial na custódia do apenado. E, mais, na linha exposta pela Defesa, a transferência propicia a permanência do custodiado em local mais próximo ao seu meio social e familiar. Diante de todo o exposto, constata-se a plena pertinência de transferência do executado ao Estado de São Paulo, onde em princípio poderá o executado ser custodiado com a segurança necessária ao caso, em condições adequadas e em atendimento ao interesse público, nos termos acima expostos”, declara a magistrada.
Já o ministro do Supremo Tribunal de Justiça, Gilmar Mendes, usou as mensagens hackeadas e vazadas entre o então juiz que condenou Lula em primeira instância, Sergio Moro, para acusar, segundo a reportagem do Brasil 247, o agora Ministro da Justiça de cometer ilegalidades.
"De fato, é evidente que o juiz [Moro] estava combinando com o procurador [Deltan]. Eles estavam atuando como juiz e bandeirinha. Isso é evidente. Basta olhar (...) do ponto de vista processual, o Moro era o chefe da Operação. Era isso. (...) em princípio a Segunda Turma do Supremo pode discutir sobre o uso dessas mensagens de origem ilícita no julgamento do caso de Lula", disse Mendes confirmando que os ministros irão julgar em breve a suspeição de Moro no julgamento do caso do tríplex.
Enquanto isso a Polícia Federal ainda busca os "Bitcoins da Lava Jato" e pode ter encontrado BTCs em exchanges nacionais atrelados a Walter Delgatti Neto, um dos presos na Operação Spoofing acusado de invadir contas em aplicativos de redes sociais de autoridades ligadas a operação.
Atualmente a PF vem cruzanado as informações encontradas nos celulares e computadores dos quatro suspeitos presos, junto com os registros enviados pelas corretoras acionadas judicialmente a revelar a existência de criptomoedas em contas dos acusados (foram acionadas as plataformas Mercado Bitcoin, FoxBit, Braziliex, 3xBit, Brasil Bitcoin e OmniTrade)
Embora Neto tenha negado ter sido pago por qualquer serviço de hacking ligado as autoridades da Lava Jato, a Polícia Federal busca relação entre os valores encontrados e informações dos dispositivos apreendidos para tentar encontrar possíveis patrocinadores da ação.
Segundo a reportagem, a PF e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) já receberam os dados das empresas que os suspeitos usavam para operar com criptomoedas e estão chegando as informações.
O 'envolvimento' do Bitcoin na lava-jato não é novo, em 2017 a Operação Pão Nosso, um desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro, descobriu um esquema de lavagem de dinheiro usando bitcoin.
Suspeitos de superfaturar pães para a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), suspostamente usaram a criptomoeda para driblar os órgãos públicos de controle financeiro e realizaram quatro operações, segundo as investigações, totalizando R$ 300 mil em bitcoins.
Segundo as investigações, os suspeitos teriam desviado, pelo menos, R$ 73 milhões dos cofres públicos com um esquema de superfaturamento e fraude no fornecimento de pão para os presos das cadeias estaduais. Sobre o uso da criptomoeda, a força-tarefa explicou que a ideia era receber dinheiro no exterior "usando um instrumento que não é regulado na maioria dos países", através de remessas para fora do país.