A Financial Services Agency (FSA) do Japão está reprimindo as exchanges de criptomoedas que oferecem transações anônimas ou têm práticas de verificação de identidade fracas em preparação para a inspeção do Grupo de Ação Financeira (FATF) nos próximos meses. O Nikkei Asian Review informou nesta última quarta-feira, 22 de maio.

O FATF enviará seu braço de investigação para revisar a força das políticas de combate à lavagem de dinheiro (AML) da FSA japonesa, que inclui políticas para as exchanges cripto e outros serviços financeiros.

O Japão recebeu a pior pontuação possível para verificação de identidade em instituições financeiras em um relatório de 2008 do FATF. Uma década depois, a FSA japonesa emitiu ordens de melhoria de negócios com práticas sem medidas de AML adequadas, como permitir que os usuários se inscrevessem em suas contas com uma caixa postal em vez de um endereço residencial pessoal.

Segundo a reportagem, o Japão foi o primeiro país a implementar um sistema de registro para exchanges de criptomoedas.

Em outubro, o FATF alterou suas regras para incluir as exchanges de criptomoedas em sua estrutura regulatória de AML e implorou aos países membros do G-7 que começassem a implementar estratégias para registro, licenciamento e monitoramento das mesmas.

O Japão sediará o Summit sobre Financial Markets and the World Economy (G20 2019)  em Osaka, em junho deste ano, e deverá falar sobre no fórum sobre regulamentos internacionais de criptomoedas e ofertas iniciais de moedas (ICOs). Ao contrário da China e da Coreia do Sul, o Japão não declarou o banimento nacional das ICOs.

Como publicado anteriormente pelo Cointelegraph, a FSA japonesa revelou em janeiro que atualmente existem sete pedidos pendentes de licenças de exchanges cripto no país. As candidaturas são revistas ao longo de um período de seis meses, enquanto a organização financeira analisa as respostas do candidato a mais de 400 perguntas.

Em julho do ano passado, a FSA passou por uma grande reestruturação, a fim de melhor atender aos desafios de regular as fintechs e a indústria de criptomoedas.