O Itaú, um dos maiores bancos do Brasil, anunciou o lançamento de um produto de investimento voltado ao metaverso, marcando a primeira vez na história que o próprio banco lança um produto que dialoga com o mercado de criptomoedas.
O lançamento do Itaú é um Certificado de Operações Estruturadas (COE) chamado de "Autocall Metaverso" e tem como foco empresas que oferecem soluções voltadas ao metaverso.
As empresa que integram o COE de metaverso do Itaú estão listadas na Nasdaq e foram selecionadas após a realização de 50 simulações, considerando 11 empresas com negócios relacionados ao metaverso e que apresentaram menor nível de correlação com melhores recomendações.
Entre elas estão duas grandes conhecidas do público, a Intel e a Meta (antigo Facebook) e duas gigantes menos conhecidas do grande público, a Roblox, uma plataforma que permite a criação de universos multiplayers em que os usuários podem acessar, explorar, interagir e jogar, e a Matterport, empresa líder em digitalização espacial, que oferece ferramentas para mapear espaços físicos e compartilhar o layout na nuvem.
“É um momento de mercado oportuno para as empresas que já estão preparadas para oferecer soluções no ambiente do metaverso” , destacou Claudio Sanches, diretor de Produtos de Investimento e Previdência do Itaú Unibanco,
Lucro ou seu dinheiro de volta
Assim como as criptomoedas, as empresas de metaverso estão apostando em uma tecnologia emergente que tem potencial para reescrever a sociedade, no entanto, ainda estão em sua fase embrionária.
“O COE é um investimento que é uma boa porta de entrada e um caminho adequado para quem está disposto a diversificar os seus investimentos nesse novo segmento, pois oferece a possibilidade de renda diferenciada de renda fixa, atrelada a uma cesta de ações, com a segurança do capital protegido no vencimento, independentemente da performance das ações”, explica Sanches.
No entanto, segundo destacou o executivo do Itaú, o investimento não pode ser considerado de 'alto risco', pois além de ser um produto para investimento de longo prazo, se ocorrer prejuízo o cliente vai receber o capital investido de volta, que é uma característica de um COE.
“Este não é um produto de risco altíssimo, pois além de ser de longo prazo, no pior cenário o cliente vai receber o capital investido no vencimento.Dependendo do ponto de vista, a queda recente das ações pode ser uma oportunidade para o investidor entrar no produto com as ações num patamar de preço mais interessante”, destacou
Ainda segundo o executivo o Itaú, opera com a possibilidade de encerrar o produto a cada seis meses, desde que as ações fiquem iguais ou acima dos seus preços iniciais na data de verificação semestral, com o investidor recebendo o capital investido mais o cupom, que pode ficar entre 13% e 15% ao semestre.
Caso as ações fiquem abaixo, o produto segue para a próxima verificação após seis meses, até eventualmente o vencimento final, após cinco anos, quando entra em conta o capital investido, sem perdas. O COE Itaú Metaverso está disponível a investidores em geral, com aplicação a partir de R$ 5 mil, com prazo de vencimento em até cinco anos.
Em outra ação do banco, recentemente a instituição anunciou um investimento milionário na Liqi, startup de tokenização de ativos baseada em blockchain. Segundo o anúncio o aporte da Série A foi de R$ 27,5 milhões e foi liderado pelo fundo de Corporate Venture Capital do Itaú Unibanco.
Além do Itaú, também participaram a Oliveira Trust, empresa financeira referência em soluções para administração de fundos e serviços fiduciários no Brasil e o fundo Honey Island by 4UM, criado em parceria entre a Honey Island Capital e a 4UM Investimentos.
A Liqi destacou que pretende utilizar o montante para dobrar a equipe em seis meses, com o objetivo de quebrar o paradigma do mercado financeiro tradicional de investimentos, com o uso da tecnologia do blockchain.
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