O Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), no estado brasileiro do Paraná, e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico (CNPq), órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, apoiam um projeto que busca implementar a tecnologia blockchain para diversos setores do agronegócio do país. A notícia é do portal regional O Presente.

Segundo a matéria, a empresa Brexbit, que em sua origem atuava com criptomoedas, foi incubada no PTI para desenvolvimento de uma tecnologia blockchain, para o desenvolvimento de uma solução que tivesse mercado no agronegócio brasileiro.

A Brexbit então participou de um edital público de fomento do CNPq. Com apoio da incubadora Santos Dumont, do PTI, recebeu R$ 60.000 em recursos e apoio técnico para o desenvolvimento da solução blockchain.

A iniciativa buscou desenvolver a solução blockchain a partir o Guia de Trânsito Animal, da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), que regulamenta o transporte de cargas vivas no estado, com objetivo de trazer mais segurança e transparência ao setor. A solução já foi implementada com sucesso e, segundo o texto, "evita riscos de falhas e fraudes".

Agora, a Brexbit trabalha no desenvolvimento de uma solução blockchain para rastrear a produção de café no estado, desde a origem do produto na plantação até a venda ao consumidor final. O dono da empresa, Cassiano de Oliveira Peres, diz ao diário local que a incubadora do PTI foi determinante para a implementação e desenvolvimento das soluções em blockchain:

“O café é uma commodity muito valorizada, tanto no mercado interno quanto no mercado externo, e oferecer essa transparência e garantia de qualidade ao produto, por meio da blockchain, permite gerar certificações para a marca. Esse trabalho todo que estamos fazendo só foi possível com a Incubadora do PTI. Sem o suporte de gestão do Parque Tecnológico não conseguiríamos.”

A adoção de blockchain tem se disseminado nos mais variados setores da sociedade brasileira. Porém, como o Cointelegraph Brasil noticiou, 75% das patentes de blockchain no mundo estão nas mãos de EUA e China, que podem impor ao Brasil espécie de 'colonialismo digital'.