A Receita Federal reformulou o documento que contém as transações reportadas ao regulador pels exchanges de criptomoedas e, com isso, revelou que a stablecoin USDT, comandada pela Tether e pela Bitfinex, é a criptomoeda mais negociada no Brasil.
Desta forma, segundo os últimos dados divulgados pela RFB, referente ao mês de outubro, enquanto as negociações com USDT somam R$ 2.7 bilhões as de Bitcoin chegam a pouco mais de R$ 2.1 bilhões.
Além disso a reformulação da Receita na apresentação dos dados revelou uma enorme queda no volume de XRP, token da Ripple.
Assim, o criptoativo que chegou a figurar por meses como a criptomoeda mais negociada no Brasil com negociações em bilhões de reais, caiu para pouco mais de R$ 27 milhões.
Os dados da Receita Federal indicam também que as negociações com Tether e Bitcoin dominam o mercado de criptoativos no Brasil sendo responsáveis por mais de 83% de todas as negociações de criptomoedas no país.
Juntos Tether e Bitcoin somam R$ 4.921 bilhões em negociações enquanto, segundo a Receita Federal, em outubro pouco cerca de R$ 5.910 bilhões foram negociados.
Os números da negociação de criptoativos no Brasil espelham o que acontece no mercado global de criptomoedas que também tem suas negociações dominadas pelo USDT, tendo o Bitcoin como segunda criptomoeda mais negociada e, juntos, somando mais de 60% das negociações do mercado.
Nesta linha, segundo dados do Coinmarketcap, em 05 de dezembro, o volume de USDT negociado nas últimas 24h é de US$ 50 bilhões e o de BTC US$ 28 bilhões, juntos, BTC e USDT, respondem por cerca de 60.3% de todas as negociações de criptomoedas.
Receita Federal
Os dados reportados a Receita Federal atendem as determinações da Instrução Normativa 1888 e indicam que o mercado é dominado pelo público masculino.
Os homens representam 88,47% das transações enquanto as mulheres 11,53%, além disso, no que se refere ao valor das operações, o total 84,11% são feitas pelo público masculino enquanto 15,89% são feitas por mulheres.
Em outubro, mês que antecedeu a subida do Bitcoin para US$ 19 mil, não foi observado um aumento no interesse por negociações com BTC nas exchanges e, segundo dados da Receita pouco mais de 107 mil pessoas negociaram criptomoedas no país e mais de 3 mil pessoas jurídicas.
No que se refere às stablecoins baseadas em Reais a BRZ, da Transfero, bateu o recorde em volume de negociações chegando a R$ 327.521.563,09 no mês superando a segunda criptomoeda do mercado, o Ethereum que respondeu por R$ 100.295.159,10 das negociações no país.
Outro dado importante revelado pela Receita Federal sobre o mercado de criptomoedas no Brasil é que as negociações, sem exchange, via p2p e OTC passa de R$ 1 bilhão e responde por 20% de todo o volume de criptomoedas negociadas no país.
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