A Receita Federal do Brasil declarou que usará as informaçõe prestadas pelas exchanges de Bitcoin e criptomoedas para identificar pessoas que podem estar fraudando o Imposto de Renda.

Assim, segundo a RFB, todas as informações encaminhadas pela Instrução Normativa 1888, serão confrontadas com as declarações de Imposto de Renda para identificar possíveis fraudes.

“Será possível abrir procedimentos fiscais por inconsistência das informações. Por exemplo, contribuintes que realizaram operações com lucro entre agosto/19 e dezembro/19, e que não informaram tal ganho em sua DIRPF [declaração de Imposto de Renda de Pessoa Física] 2020, poderão ser identificados pela Receita Federal”, informou.

Malha Fina

Embora a Receita Federal não tenha especificado quantos contribuintes caíram na malha fina da instituição devido a "inconsistências" nos informes sobre criptoativos a instituição afirmou que mais de 1 milhão de declaração apresentaram dados com "problemas".

No total, são cerca de 1.015.918 contribuintes na chamada "malha fina" da Receita.

O número, embora milionário, corresponde a 3% de todas as declarações recebidas pela instituição.

No entanto, a principal motivação que levou contribuintes à malha fina foi justamente a omissão de rendimentos.

Assim, de todos que caíram na malha fina, 42,2% omitiram rendimentos, situação que pode ser identificada pelo cruzamento de dados informados graças a IN 1888.

 “Os contribuintes informaram em suas declarações valores menores do que aqueles que a Receita Federal realmente recebeu”, afirmou o auditor fiscal José Barroso Tostes Neto.

Bitcoin

Ainda de acordo com dados reportados pela exchanges em cumprimento a IN 1888 em 12 meses os brasileiros já negociaram mais de R$ 114 bilhões em Bitcoin e criptomoedas.

Porém a surpresa é que em 2020 a criptomoeda preferida dos brasileiros não é o Bitcoin mas o XRP da Ripple.

Assim, segundo dados da Receita Federal, em 2020 os brasileiros negociaram mais de R$ 10 bilhões em XRP quando comparado ao BTC neste ano.

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