O BTG Pactual, um dos maiores bancos de investimento da América Latina, "entrou de cabeça" no universo do Bitcoin e das criptomoedas.

Por meio da revista Exame, o banco lançará um conjunto de iniciativas chamada "Future of Money" que pretende, entre outras coisas, abordar assuntos como BTC, criptoativos, Tokens, DeFi, pagamentos digitais, CBDCs e etc. 

A iniciativa do BTG será executada por meio da revista Exame, um dos principais veículos de comunicação do Brasil e que foi adquirido pelo BTG no final de 2019, por cerca de R$ 72,5 milhões.

Entre as propostas do BTG para o "Future of Money", está um portal de notícias e análises do mercado, um podcast sobre o assunto, um braço educacional, chamado Exame Academy e um portal de análises e pesquisas intitulado "Exame Research".

Para o projeto, a Exame contratou diversos profissionais, entre eles, Nicholas Sacchi, que será responsável pelos conteúdos e produção relacionada a criptomoedas.

Sacchi, que é economista, já atuou em bancos de investimentos, corretoras de valores, exchanges de criptomoedas e casas de análise de investimento.

Evento

Algumas iniciativas do BTG relacionadas ao "Future of Money" já tenham sido lançadas, o Banco, junto com a revista, anunciaram a realização de um evento, online e gratuito para marcar o início da proposta.

"Para lançar esse novo veículo, nossa estratégia foi organizar o maior evento online sobre o futuro do dinheiro da América Latina", destacou a Exame.

Ainda segundo a Exame, o evento trará nomes como Gustavo Franco, Bruno Diniz, Renato Opice Blum, Gavin Littlejohn, Fernando Ribeiro, Paula Paschoal, Thamilla Talarico, Tatiana Revoredo, Frederico Pompeu, Marcelo Sampaio, Fabio L Marras, Marcelo Salhab Brogliato, entre outros.

"A ideia será, ao longo de oito semanas, abordar os mais diversos tópicos ligados ao futuro do dinheiro, como fintechs, PIX, LGPD, open banking, criptoativos, blockchain, moedas privadas, CBDCs e muito mais", finalizou a revista.

Os interessados podem realizar a inscrição pelo link.

Tokenização de ativos pelo BTG

Esta não e a primeira iniciativa do BTG no mercado de criptoativos.

Em meio deste ano, o Banco anunciou o lançamento oficial do ReitBZ (RBZ), primeiro token do BTG que foi emitido no blockchain da Tezos.

Embora as primeiras emissões do ReitBZ tenham sido feitas em Ethereum, desde o ano passado, o Banco já havia anunciado uma possível migração para a Tezos.

“BTG Pactual é um pioneiro na implementação de soluções blockchain para a tokenização de ativos gerenciados”, afirmou Hubertus Thonhauser, presidente do conselho da Tezos Foundation.

A mudança do Ethereum para a Tezos teria começado ainda em junho do ano pasado, quando o BTG Pactual anunciou uma parceria com a Tezos e a Dalma Capital.

A parceria visava justamente o desenvolvimento do ReitBZ, que estimava, na época, estar atrelado a cerca de US$ 1 bilhão em imóveis.

Deu lucro

De acordo com um anuncio feito na época, além de imóveis, a proposta também passava por tokenizar, com a Tezos, ativos em vários setores, incluindo patrimônio, empréstimos e clubes esportivos globais.

Os detentores dos tokens já receberam os primeiros rendimentos das atividades do Banco.

Assim, segundo, o banco o pagamento foi feito via smartcontract, usando a tecnologia de blockchain, em um acontecimento sem precedentes no mercado financeiro global.

Os smartcontracts tiveram auditoria de segurança feita pela Chain Security (para o blockchain do Ethereum) e pela Least Authority (para o blockchain do Tezos). 

“Fazemos investimentos constantes em inovação e tecnologia de ponta e o ReitBZ é a prova de que nossos esforços nesse sentido vêm gerando bons retornos aos clientes”, diz Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual. 

Assim, segundo o BTG, o montante dos dividendos pagos será de US$ 87,569.20, sendo que esse primeiro ciclo de investimento gerou US$ 220,288.12 de receita.

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