Os ex-investidores da BitConnect apresentaram uma ação coletiva na quarta-feira, 24 de janeiro, buscando compensação da empresa alegando que essa foi um esquema Ponzi e que fechou em 17 de janeiro.

A ação coletiva afirma que o BitConnect emitiu tokens de criptomoedas que eram na verdade títulos não registrados e colecionaram fundos adicionais por meio de um esquema Ponzi "de grande alcance".

A queixa foi apresentada por seis pessoas em seus próprios nomes, bem como o de todas as outras pessoas que perderam seu dinheiro investindo na BitConnect. Os seis demandantes declararam que suas perdas pessoais totalizaram $771.000.

Tabela

É alegado que a BitConnect garantiu um retorno mensal de 40% e que prometeu gerar esse retorno ao negociar os fundos dos investidores no mercado de criptomoedas.

Em última análise, os autores alegam que, ao invés de gerar receitas genuínas através de transações com criptomoedas, a plataforma na verdade usou os fundos de novos investidores para atender às expectativas dos existentes.

Lançado em fevereiro de 2016, a BitConnect foi uma plataforma de comunidade de criptomoedas que introduziu sua própria moeda o Bitconnect (BCC) em novembro de 2016.

De acordo com dados da Coinmarketcap, o BCC alcançou o pico de sua popularidade em dezembro de 2017, quando sua capitalização de mercado atingiu cerca de $2,7 bilhões.

Apenas alguns dias depois, em 4 de janeiro, o estado do Texas emitiu uma ordem de cessar e desistir contra a BitConnect pela venda de títulos não licenciados que levaram ao bloqueio do token BCC e ao fechamento da plataforma.

Enquanto isso, a BitConnect conseguiu atrair um tipo de atenção diferente ao lançar um vídeo bizarro de sua cerimônia anual em Nova York.

Nela, o representante excêntrico da empresa, Carlos Matos, alega que seu próprio investimento na BitConnect se pagou várias vezes. "Minha esposa ainda não acredita em mim", disse Matos, descrevendo quão rico ele se tornou.