Em linha, o mercado de criptomoedas operava a um market cap de US$ 2,71 trilhões (-0,9%) na manhã desta terça-feira (18), ocasião em que o Bitcoin (BTC) era transferido em torno de US$ 82,7 mil (-0,9%) com dominância de mercado a 60,7%, sentimento de medo dos investidores (25%) e algumas altcoins avançadas em até três dígitos percentuais, caso de um token anunciado em listagem e airdrop na Binance.

A lateralização do mercado de criptomoedas, apesar do avanço de alguns segmentos, espelhava a desconfiança de investidores dos mercados associados ao risco. O que era capitaneado pelo início da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) nessa terça. O encontro se estende até quarta-feira (19), quando o colegiado de política monetária do Federal Reserve (Fed) decide os rumos da taxa de juros básica praticada pelo banco central dos Estados Unidos, dia que pode ser de estresse e volatilidade do Bitcoin.

No mercado acionário, o S&P 500 e o Nasdaq, índices historicamente correlacionados em até 70% com o desempenho do Bitcoin, encerraram respectivamente em 5.675,12 (+0,64%) e 17.808,66 pontos (+0,31%). A alta coincidiu com a divulgação de crescimento de 0,2% nas vendas de varejo nos EUA, cerca de 722,7 bilhões, de acordo com o Departamento do Comércio daquele país e abaixo de 0,7%, projetado pelos analistas.

O Volatility Index (VIX), calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, conhecido como índice do medo, encontrava-se recuado a 20,9 pontos (-4%). Já os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin avançaram em líquidos US$ 274,59 milhões, enquanto os ETFs baseados em Ethereum (ETH) recuaram em líquidos US$ 7,29 milhões segundo dados da plataforma SoSoValue. 

O índice altseason, que afere o desempenho trimestral dos principais tokens em capitalização de mercado, mantinha-se a 20 pontos em sinal de rotação de capital para as altcoins. Nesse grupo, o PI recuava a US$ 1,13 (-15,7%), o CRO retornava a US$ 0,080 (-8,3%), o BERA derretia a US$ 6,09 (-6,9%), o S era comprado por US$ 0,48 (-4,9%), o CAKE avançava a US$ 2,76 (+6%), o OKB valia US$ 51,97 (+6,4%), o TRX se nivelava por US$ 0,22 (+4,3%), o TON pareava US$ 3,52 (+3,5%), o ATOM se convertia em US$ 4,73 (+2,9%) e o OM era negociado por US$ 7,02 (+2,6%).

Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o recém-listado MUBARAK chegava a US$ 0,18 (+51,4%) com acumulado semanal de 140%, o CHEEMS representava US$ 0,0000013 (-11,4%), o DYM era transacionado por US$ 0,45 (+38%), o KOGE estava cotado a US$ 59,94 (+22,5%), o API3 se traduzia em US$ 0,94 (+53,8%), o DOGINME estava avaliado em US$ 0,0011 (+19,5%), o X Empire (X) se liquidava por US$ 0,000082 (+57,6%) e o LOOM estava quantificado em US$ 0,0053 (+33,7%).

Chamava a atenção o desempenho do token Bubblemaps (BMT), convertido em US$ 0,28 (+110%) com US$ 72,9 milhões em market cap (401ª colocação).

Gráfico de 24 horas do par BMT/USD. Fonte: CoinMarketCap

A alta do BMT sucedia o anúncio de listagem do token na Bithumb e na Binance, às 12 horas (horário de Brasília), nesse caso com um airdrop de 30.000.000 de BMT (3% do fornecimento máximo de tokens) pelo HODler, que é um programa de incentivo a detentores de BNB. Já o Bubblemaps (BMT) se apresenta como uma ferramenta que possibilita aos investidores de criptomoedas investigarem carteiras e fazerem auditorias em tokens de finanças descentralizadas (DeFi) e tokens não fungíveis (NFT), no caso uma ferramenta antifraude em blockchain.

Entre outras listagens também estavam Brazilian Real (BRL) na MEXC, the e AUCTION na AscendEX, TUT na BitMart, LLD na Biconomy e TX e DLC na LBank.

No dia anterior, uma nova memecoin disparou 2.000% em listagem enquanto a volatilidade rondava o Bitcoin com o Fed, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.