Segundo uma pesquisa feita pelo Banco Central do Brasil junto a instituições financeiras nacionais, a expectativa quanto a inflação caiu pela 11ª vez seguida, e está em 3,26%, os resultados foram divulgados hoje, 21 de outubro.

Entretanto as expectativas do mercado não seguem as projeções do próprio BC que definiu como meta no Conselho Monetário Nacional, o valor de 4,25% em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. No caso do dólar, a previsão é que a moeda americana continue sendo cotada na faixa dos R$ 4. 

Segundo a EBC, o principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, a Selic. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

As variações na Selic e seu impacto na inflação, também atingem o mercado de Bitcoin e criptomoedas, tendo em visto que podem ajudar a impulsionar a entrada de novos investidores no mercado. O impacto também é sentido no valor da criptomoeda no Brasil que pode 'subir' ou 'descer' com as oscilações cambiais.

No caso da Venezuela, por exemplo, a taxa de inflação esperada para 2019 chega a 10.000.000% e as transações de Bitcoin peer-to-peer (P2P) atingem novos recordes mês após mês. Abalada pela instabilidade política e econômica que levou à escassez de alimentos e medicamentos, apagões em todo o país, tumultos e uma hiperinflação incontrolável que se compara com a do dólar do Zimbábue nos anos 90, a Venezuela teve a maior taxa de inflação do mundo em 2018.

Além disso o controle da inflação é importante para garantir o 'valor' do dinheiro nacional. Em casos extremos como da Venezuela a crise econômica jogou por terra o valor do Bolivar e, por conta disso, pessoas tem buscado nas criptomoedas uma 'alternativa' a desvalorização cambial. A previsão é boa também para o Produto Interno Bruto (PIB) que foi ajustada de 0,87% para 0,88% em 2019.

Como noticiou o Cointelegraph, o  presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, destacou recentemente que a inovação tecnológica no mercado financeiro ajudará o Brasil a modernizar as instituições financeiras, "Ela norteará o trabalho do BC durante os próximos anos e está estruturada em quatro dimensões: inclusão, competitividade, transparência e educação financeira".