Na empolgação com o lançamento do sistema do Pix, sistema de transações digitais do Banco Central do Brasil, muitos diretores e autoridades do banco vieram à público para dizer que a criação de um real digital é uma "questão de tempo".

Porém, passada a euforia, o BC dá mostras de que ainda não tem pressa para a digitalização total do dinheiro no Brasil.

O diretor de organização do sistema financeiro e resolução do Banco Central, João Manuel Pinho de Mello, afirmou nesta quinta-feira que o BC vai substituir o dinheiro físico pelos meios digitais "lentamente", sem deixar de suprir a demanda por dinheiro físico. A matéria é do Valor Investe.

No evento Pix e Open Banking: Inovações e Prováveis Repercussões, Mello explicou:

“Nosso objetivo é lentamente ao longo dos próximos anos digitalizar os meios de pagamento”

Ele ainda destacou que o dinheiro físico ainda é "muito usado" no país por questões sociais, culturais e econômicas, apesar de reconhecer que a emissão e manutenção de cédulas em circulação custa muito caro para as autoridades financeiras do país.

Na apresentação, ele disse que o Pix chegou a 104 milhões de chaves cadastradas até o dia 7 de dezembro, com 100 milhões delas ligadas a pessoas físicas e os outros 4 milhões relacionados a pessoas jurídicas.

O sistema de pagamentos digitais têm ganhado mais adesão entre grandes empresas e entidades públicas do país.

A gigante de varejo Lojas Americanas anunciou nesta semana que deve ser a primeira grande loja a adotar o Pix em seu e-commerce, enquanto a operadora vivo adotou o Pix para pagamentos de recarga. As lotéricas de todo o país também devem aceitar pagamentos pelo sistema em breve.

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