O preço do Bitcoin (BTC) vem enfrentando um começo de ano difícil depois de registrar uma baixa de quase 50% em seu valor desde sua máxima histórica em US$ 69 mil.

Porém, para o analista Tasso Lago, gestor de fundos privados em criptomoedas e fundador da Financial Move, a queda no valor da principal criptomoeda do mercado não deve perdurar por muito tempo.

Lago, que foi certeiro em prever a alta do Bitcoin em novembro, aponta agora que há um volume expressivo de BTC saindo das corretoras e que isso é um dado relevante que pode indicar que a criptomoeda já teria atingido seu fundo, e, portanto, não teria mais espaço para negociar abaixo dos níveis atuais.

No entanto ele aponta que o momento é de cautela e os traders devem evitar muitas posições devido a incerteza no curto prazo da movimentação do criptoativo.

 

 

 "Atualmente compradores e vendedores estão lutando para ter volume e influenciar no preço. Nosso suporte na região dos U$ 35.000 dólares continua firme e forte e ele está sustentando o preço. Mas ainda temos um grande período para percorrer, estamos em uma espécie de lateralização", destaca.

O analista aponta ainda que os gráficos também refletem esta indecião dos investidores.

"Porém, podemos estar começando uma recuperação no preço em ambos os tempos gráficos. Por hora, continuamos com cautela, pois temos uma resistência bem forte na região entre U$ 38.000 e U$ 39.000 dólares. Mas o cenário parece estar melhorando um pouco", aponta.

Lago também destaca que o suporte mais importante está na região entre U$ 35.000 e U$ 30.000 e a resistência agora está em U$ 39.800.

Além disso o analista aponta que houve, recentemente, uma entrada muito grande de dinheiro em protocolos de finanças descentralizadas (DeFi) o que mostra que os investidores estão otimistas com as perspectivas do mercado. 

Vimos uma entrada ABSURDA de capital no mundo DEFI U$ 12 bilhões em 24 horas. Extremamente atípico. Se você soma os dados divulgados aqui de saques de BTCs de corretoras, além dessa entrada de capital, só existe um racional: Mercado está saudável ao olharmos os fundamentos. Eu duvido que essa queda do mercado perdure por muito tempo mais. Mas, se cair, toda queda é traduzida em oportunidade", finalizou.

De olho nas stablecoins

Enquanto Lago destaca seu otimismo com o que os dados apontam para o Bitcoin, Lucas Schoch, CEO e fundador da Bitfy, está de olho no movimento das stablecoins atrelada ao dólar, ressaltando que o desenvolvimento e o crescimento delas aponta para uma maior liquidez no mercado de criptoativos.

Ele cita como exemplo a stablecoin TerraUSD (UST), uma moeda descentralizada e algorítmica da Blockchain Terra, o ativo atrelado ao valor dólar americano, que segundo ele, possui boa escalabilidade e podendo prover liquidez através de rendimento.

"A criptomoeda foi criada para ser uma solução DeFi para resolver os problemas de escala enfrentados por outras stablecoins, assim como agregar valor à comunidade Terra, podendo ser facilmente adicionado a carteiras de criptos como método de pagamento", disse.

Além disso ele destaca a Binance USD (BUSD), stablecoin emitida pela parceria da Binance com a Paxos, ambas instituições financeiras especializadas na tecnologia Blockchain. Além dela eles aponta a USD Coin (USDC) que também fornece um refúgio seguro para os traders de criptomoedas em tempos de volatilidade.

E, por fim, aponta a maior stablecoin do mercado, o USDT, que foi originalmente lançada com o nome de Realcoin em julho de 2014, depois foi renomeada para USTether, e posteriormente a sua designação atual, USDT.

"Tether é um token de segunda camada construído sobre o Blockchain do Bitcoin, mas funciona em outras redes sem perder a qualidade de serviço, como a da algorand, Ethereum, OMG e Tron", disse.

3 criptomoedas para ficar de olho

Diferente de Lago e Schoch os analistas da FXStreet apontam que o movimento de 3 altcoins em especial podem surpreender os investidores e registar novas altas enquanto o Bitcoin negocia lateralmente.

Os anaslistas da empresa apontam que o preço MATIC pode atingir o primeiro nível de resistência no nível de retração de Fibonacci de 78,6% em US$ 1,721, depois em direção ao decote do padrão do gráfico predominante em US$ 1,970, coincidindo com a SMA de doze horas de 200 e o nível de retração de Fibonacci de 61,8%. .

"Aspirações maiores podem apontar para a SMA de 21 horas em US$ 2,09 em seguida, depois em US$ 2,235, onde a SMA de 50 horas e 100 SMA de doze horas se cruzam", destacam.

A segunda criptomoeda na lista da FXStreet é a Decentraland (MANA) que, segundo o analista da empresa, Jonathan Morgan, tem os touros sedentos para repetir o rali que experimentou em outubro de 2021.

"Não há razão para que a MANA não possa repetir esse sucesso, especialmente devido ao crescimento do interesse e investimento no metaverso e no espaço de tokens de jogos. No entanto, existem obstáculos significativos e serão testados antes que o Decentraland possa retornar aos seus máximos", aponta.

Segundo ele, o primeiro obstáculo que o preço da Decentraland deve derrotar é uma zona de confluência de resistência entre o Tenkan-Sen em US$ 2,50 e o nível de preço compartilhado de US$ 2,58 com a retração de Fibonacci de 38,2% e Kijun-Sen. 

Já o terceiro criptoativo na lista da empresa, a Solana (SOL), pode facilmente chegar a US$ 120 assim que novas aplicações comecem a estrear na blockchain e a SOL possa resolver os problemas relacionados com as interrupções em sua rede.

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