O halving é um evento de maior importância e está presente no código-fonte do Bitcoin desde o início, sendo o principal elemento de controle inflacionário e maior impacto sobre o preço dos 21 milhões de Bitcoins que serão emitidos.
Portanto, no bloco de gênese, em 2009, os mineiros receberam 50 BTC como recompensa. Isso já foi reduzido para 25 BTC em 2012 e novamente para 12,5 BTC em 2016, e 6,25 em 2020.
Após o primeiro halving, o preço subiu de US$ 12 em novembro de 2012 para um pico de US$ 1.100 em novembro de 2013. Da mesma forma, o segundo halving teve um aumento acentuado 11 meses depois, partindo dos US$ 650 em julho de 2016 para mais de US$ 2.500 em maio de 2017.
A interpretação mais direta disso é que o halving introduz uma restrição na oferta, impulsionando a demanda, sempre entre 200 dias a 16 meses.
Imagem: Masterthecrypto
No rali de preço no primeiro halving, vimos um aumento de 37 vezes, partindo de US$ 31,50 para US$ 1.178. Do 2ª para a 3ª halving, vimos um aumento de 16 vezes, partindo de US$ 1.178 para US$ 19.800.
A performance do preço após o halving
O rali do Bitcoin após o halving de 2016, iniciou-se 2 meses após o evento, sendo que o preço despencou logo após o halving. Neste ano, o preço do Bitcoin despencou após o halving em 11 de maio de 2020, seguido por uma volatilidade estagnada de maneira incomum, que durou 30 dias.
Em 28 de julho, aproximadamente 2 meses após o halving, o preço do Bitcoin finalmente quebrou a barreira de US$ 11.000 pela primeira vez em 349 dias. No momento em que este artigo foi escrito, o Bitcoin estava em torno de US$ 11.712 e aumentou 36,1% desde a redução no prêmio de mineração.
Imagem: IntoTheblock
Com o preço do Bitcoin finalmente quebrando a barreira de US$ 10.000 pela primeira vez desde setembro de 2019, pode não ser surpresa que as pessoas estejam querendo investir no Bitcoin.
Estamos diante de um rali, sugerem os dados
Segundo relatório recente da Glassnode, a Glassnode acrescentou que cada vez que a lucratividade da métrica UTXO, que analisa os estoques não gastos de Bitcoin passa de 95%, estamos diante de um rali que pode durar até 3 meses. Uma informação também analisada pela IntoTheBlock e que confirma a mesma expectativa. Conforme podemos ver no gráfico abaixo.
Imagem: IntoTheBlock
Como pode ser visto no gráfico acima, o número de endereços com período de retenção inferior a 30 dias, que o IntoTheBlock classifica como “traders”, aumentou nos últimos dois meses, atingindo um máximo de 12 meses de 3,18 milhões de endereços que detêm 1,94 milhão BTC agregado.
Aumento do interesse institucional, diferentemente dos outros halvings
Junto com o aumento do preço e o novo fluxo de dinheiro para o Bitcoin, os dados on-chain apoiam a premissa do crescente apelo do Bitcoin entre os investidores institucionais. Diferentemente dos halvings anteriores, que ainda não atraíram a atenção institucional.
No início deste ano, o renomado administrador de fundos de hedge Paul Tudor Jones divulgou seu investimento em Bitcoin. Mais recentemente, a empresa de software de capital aberto MicroStrategy investiu US$ 250 milhões em Bitcoin, descrevendo-o como superior ao dinheiro.
O volume total em transações superiores a US$ 100 mil atingiu seu valor mais alto desde agosto de 2019, com 2,81 milhões de BTC ou US$ 34,05 bilhões
negociados em 24 horas. Ao comparar o volume total transacionado em Bitcoins versus o volume total transacionado apenas em grandes transações (> US$ 100 mil) de 14 de agosto, observa-se que 95,5% do volume total pertencia a essas grandes transações.
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