Um Gerente de Relacionamento do Banco Itaú foi demitido por justa causa depois que a instituição financeira descobriu que ele usava as redes sociais para divulgar a Profitmon, empresa de Aracajú, que prometia lucros garantidos de até 3% ao dia por meio de supostas operações com Bitcoin e criptomoedas.

Segundo o banco, o Gerente usava o horário de trabalho para promover o suposto golpe (que não paga seus clientes desde o ano passado e tem seus site e plataforma fora do ar no momento da escrita). Enquanto trabalhava no banco, o Gerente usava as redes sociais, principalmente o WhatsApp para oferecer pacotes de investimentos em criptomoedas com promessa de lucro de 65% ao mês. O fato levou o banco a demitir o funcionário por justa causa.

Contudo, insatisfeito com a decisão do banco o cliente procurou a justiça mas não teve seu pedido aceito nem em primeira nem em segunda instância e agora pretende recorrer ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), alegando que o banco 'atacou sua imagem' ao enviar um e-mail para cerca de 300 funcionários da instituição contendo os motivos da demissão da ex-gerente.

Segundo reportagem do UOL, sobre a alegação de que sua cliente participava da suposta pirâmide financeira em horário de trabalho, o advogado falou que a ex-gerente não tinha contrato de trabalho com o negócio e que ela só teria oferecido o "pacote de investimento" para a mãe e alguns colegas, e em horário alternativo e que não há provas de que tenha feito qualquer ´promoção de negócios com Bitcoin em horário de trabalho.

Já o Itaú elga que a gerente não poderia divulgar pirâmides porque, além de ser prática ilegal, iria contra as políticas do banco, que impedem "atividades externas se estas conflitarem com as próprias atividades exercidas na instituição". Além disso, uma das funções da gerente seria justamente oferecer pacotes de investimento do banco para clientes.

No caso da Profitmon, empresa que a ex-gerente ajudava a divulgar, oferecia pacotes de investimento em atividades ligadas ao mercado Forex, proibido no Brasil pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e seu suposto líder, Devanilson Nascimento do Espírito Santo teve a prisão preventiva decretada em agosto do ano passado, mas está foragido.