A exchange baseada nos Estados Unidos Gemini anunciou, em 21 de abril, o próximo lançamento de uma plataforma de derivativos fora dos EUA.

Apelidada de Gemini Foundation, a divisão offshore oferecerá serviços a usuários baseados em Cingapura, Hong Kong, Índia, Argentina, Bahamas, Bermuda, Ilhas Virgens Britânicas, Butão, Brasil, Ilhas Cayman, Chile, Egito, El Salvador, Guernsey, Israel, Jersey, Nova Zelândia, Nigéria, Panamá, Peru, Filipinas, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, África do Sul, Coréia do Sul, Suíça, Tailândia, Turquia, Uruguai e Vietnã. A plataforma não oferecerá serviços para clientes nos Estados Unidos.

O primeiro contrato de derivativos da plataforma será um contrato perpétuo de Bitcoin (BTC) denominado em Gemini Dollar (GUSD), seguido por um contrato perpétuo no par ETH/GUSD.

Os clientes elegíveis poderão negociar produtos no mercado spot e de derivativos, bem como converter dólares e USD Coin (USDC) em GUSD na proporção de 1:1. Taxas, lucros e perdas também serão processados ​​em GUSD. A alavancagem padrão é definida como 20x, com a alavancagem máxima possível em 100x.

Ao contrário dos contratos futuros tradicionais, os contratos perpétuos nunca expiram. A negociação de futuros perpétuos não é regulamentada pela Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities (CFTC, na sigla em inglês). As exchanges que oferecem contratos futuros de criptomoedas, como BitMEX, não estão disponíveis para clientes dos EUA.

A mudança ocorre alguns dias após a Gemini revelar planos para estabelecer um novo centro de engenharia na Índia. Os fundadores da exchange, Tyler e Cameron Winklevoss, anunciaram recentemente "grandes planos para o crescimento internacional este ano na APAC". No início deste mês, a Gemini entrou com um pré-registro na Comissão de Valores Mobiliários de Ontário, para se tornar um revendedor restrito no Canadá.

A Gemini já passou pelo escrutínio pelas autoridades dos EUA. O Departamento de Serviços Financeiros do Estado de Nova York está investigando a exchange por alegações de que muitos usuários acreditavam que os ativos em suas contas "Earn" haviam sido protegidos pela Corporação Federal Garantidora de Depósitos.

O programa "Earn" da Gemini paralisou saques em novembro do ano passado, depois que sua parceira operacional, a Genesis, citou “turbulência sem precedentes no mercado”. Em janeiro, a empresa entrou com pedido de falência do Capítulo 11. Relatos feitos à época sugeriam que até US$ 900 milhões em fundos de usuários do Earn poderiam ter sido bloqueados. A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA também acusou a exchange, em janeiro, de oferecer valores mobiliários não registrados por meio do programa Earn.

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