O diretor de Marketing e Estratégia da criptomoeda brasileira WiBX, Cássio Rosas, escreveu um artigo publicado no blog do jornalista Fausdo Macedo, no Estadão, em que trata da revolução digital para as moedas nacionais.

Segundo ele, o dinheiro em notas e moedas físicas "está com os dias contados" e que seu futuro é uma mescla de moeda digital e ferramenta de marketing:

"O dinheiro como conhecemos atualmente está com os dias contados. As cédulas e as moedas, que costumam ficar “perdidas” na carteira ou no bolso das pessoas, e até mesmo o cartão de crédito físico começam a perder espaço para as transações digitais. [...[ O 'novo dinheiro' não será apenas digital, mas também uma importante ferramenta de marketing (e não de finanças) para estabelecer relacionamento entre empresas e consumidores."

De fato, a criptomoeda WiBX funciona em uma plataforma que busca estas mesmas bases: é uma moeda de troca para compra de produtos, ao mesmo tempo em que é usada como recompensa no relacionamento social entre empresas e clientes.

Rosas ainda lembra que a pandemia acelerou as mudanças de transações físicas para digitais, com 74% das transações em junho de 2020 sendo digitais segundo a Febraban. Com a mudança da demanda da população, bancos centrais pelo mundo e até o Banco de Compensações Internacionais (BIS) já planejam suas moedas digitais próprias.

As transformações aumentaram a demanda global pelas crptomoedas e impulsionaram o mercado cripto como um todo, com os ativos como o Bitcoin atuando como porto seguro na recessão global até aqui:

"Não é mais possível tratar as moedas digitais como tendência. [...] Cedo ou tarde, vão fazer parte do dia a dia dos consumidores e das empresas. O Bitcoin já possui mais de uma década de existência, e sua valorização e aceitação nos últimos anos apenas reforçaram as vantagens que essa proposta traz à economia de modo geral. Afinal, se as transações digitais já moldam a compra e venda de produtos e serviços, nada mais natural esperar que surja uma moeda digital para acompanhar essa carteira, também digital."

Ele ainda defende que as moedas digitais oferecem uma visão mais completa dos clientes das instituições financeiras, podendo agregar dados, melhorar a experiência e aprimorando o relacionamento e engajamento das marcas e pessoas, algo "fundamental" na economia baseada em dados de hoje.

Cássio Rosas ainda conclui dizendo que as criptomoedas já são a próxima etapa da evolução do dinheiro e que cabe agora às empresas e à população identificarem os potenciais desta nova realidade digital para estabelecer novos tipos de relacionamento:

"Se o “velho dinheiro” possibilitava a compra de produtos e serviços, o “novo dinheiro” abre um mundo de possibilidades que extrapola o aspecto financeiro e deve provocar transformações profundas (e positivas) na sociedade."

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