A exchange de criptomoedas FTX está buscando recuperar cerca de US$4 bilhões da também falida empresa de empréstimos de criptomoedas Genesis e de uma entidade ainda solvente baseada nas Ilhas Virgens Britânicas - parte dos esforços para recuperar valor para os credores.

Em uma petição apresentada em 3 de maio em um tribunal de falências de Nova York, advogados da FTX solicitaram US$1,8 bilhão em empréstimos e uma promessa de garantia de US$273 milhões supostamente concedida pela Alameda Research, empresa irmã da FTX, à Genesis.

A FTX também busca reaver US$1,6 bilhão em saques supostamente feitos pela Genesis e outros US$213 milhões retirados pela entidade com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, a GGC International, da exchange antes que ela entrasse em processo de falência do Capítulo 11 em 11 de novembro.

A petição alega que a Genesis foi "largamente reembolsada" pelos quase US$8 bilhões em empréstimos feitos à Alameda, "ao contrário de outros credores e clientes da FTX".

A FTX alegou que o credor falido era "um dos principais fundos alimentadores da FTX e instrumental para seu modelo de negócios fraudulento".

Os advogados da exchange estão buscando a recuperação com base nas leis de falência que permitem recuperar "transferências evitáveis" ocorridas nos 90 dias anteriores à declaração de falência de uma empresa.

Recuperações anteriores pela FTX se concentraram em US$3,2 bilhões em pagamentos feitos a seus antigos executivos, um investimento de US$460 milhões feito pela Alameda em uma empresa de capital de risco chamada Modulo Capital e cerca de US$93 milhões em doações políticas feitas pelo fundador Sam Bankman-Fried e outros ex-membros de alto escalão.