*Atualizada às 20h de 26 de março com informações adicionais enviadas pela assessoria de imprensa da BityPreço.

Frequentemente ignoradas, as taxas de transação cobradas pelas exchanges são um fator crucial a ser considerado pelos usuários em suas estratégias de investimento em criptomoedas.

Um estudo divulgado recentemente pela Proteste, e compartilhado pelo Valor Econômico nesta terça-feira, 26 de março, analisa as taxas cobradas pelas principais exchanges de criptomoedas atuantes no Brasil, destacando como a escolha da melhor plataforma pode variar de acordo com o perfil de cada investidor.

O estudo compara as políticas de taxas das exchanges para operações de "maker" e "taker", além dos custos de saques em reais e em Bitcoin (BTC), de cinco das principais exchanges do mercado brasileiro.

Segundo a Proteste, Binance, Mercado Bitcoin, NovaDAX, Foxbit e BityPreço são responsáveis por aproximadamente 90% das negociações realizadas em exchanges centralizadas no Brasil e por isso compõem o universo do estudo.

Taxas de negociação de criptomoedas

As taxas de "maker" e "taker" são dois tipos de comissões cobradas pelas exchanges de criptomoedas sobre as ordens de compra ou venda de seus clientes. A taxa de "maker" é aplicada a ordens de compra e venda que não são executadas imediatamente e adicionam liquidez ao mercado. Já a taxa de "taker" incide sobre ordens que são cumpridas instantaneamente, retirando liquidez do livro de ordens da exchange.

Alavancada por suas operações globais, a Binance oferece taxas competitivas de 0,10% sobre o valor negociado em operações de "maker" e "taker". A BityPreço adota um sistema de taxas que varia de acordo com o perfil dos clientes. A taxa é zero para clientes Trader, e de e 0,2% para clientes Banker.

A FoxBit cobra taxas fixas de 0,25% para operação de "maker" e de 0,5% para operações de "taker". Por sua vez, a NovaDAX e o Mercado Bitcoin oferecem taxas que variam entre 0,015% e 0,7% em função do volume de transações efetuadas pelos usuários.

Saques de reais e Bitcoin

Apesar de terem taxas de negociação mais altas, a Foxbit e a Mercado Bitcoin compensam parcialmente esses custos oferecendo saques em reais com taxa zero, enquanto a Binance cobra um valor fixo de R$ 3,50 por cada operação de resgate. 

A NovaDAX e a BityPreço cobram taxas variáveis, de acordo com os valores dos saques efetuados. No caso da NovaDAX, a taxa é de 1,29% sobre o valor sacado. Já na BityPreço, é de 0,2% sobre o total resgatado para usuários do perfil Banker e taxa zero para usuários do perfil trader.

Para saques em Bitcoin, a BityPreço oferece a melhor opção: apenas os custos da taxa da rede. A FoxBit e a Mercado Bitcoin cobram 0,0004 BTC, enquanto a taxa fixa da Binance é a mais alta de todas as concorrentes: 0,0005 BTC. Por sua vez, a NovaDAX não oferece essa funcionalidade aos seus clientes.

Nenhuma das cinco exchanges que compõem o estudo cobra taxas para depósitos de reais em suas plataformas. O estudo da Proteste não informou os valores cobrados para saques de outras criptomoedas ou se há incidência de taxas para depósitos de criptomoedas provenientes de carteiras autocustodiais ou de outras exchanges.

Exchange mais adequada para cada perfil de investidor

Assim, de acordo com o estudo, a Binance seria a opção mais econômica para investidores do varejo devido à sua política de taxas fixas e relativamente baixas em relação à concorrência. 

Para investidores de alto perfil, a exchange mais indicada é a NovaDAX, devido à sua política de taxas decrescentes em função do volume negociado.

No entanto, cabe aos investidores avaliar a melhor opção levando em consideração outros fatores importantes ao escolher uma exchange. A segurança, a experiência do usuário, os riscos regulatórios, entre outras coisas, também devem ser analisados – e não apenas o custo das taxas de transação.

Como uma alternativa às exchanges centralizadas que atendem aos investidores locais, o protocolo DeFi brasileiro PicNic, que possui sua própria carteira autocustodial e oferece a negociação de mais de 140 criptomoedas em sua plataforma, registrou um aumento de mais de 200% em volume negociado nos últimos 30 dias, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente.