O Ministro da Economia, Paulo Guedes, acusou a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) de manipular a imprensa para ter posicionamento contrário a criação de um imposto para transações digitais que podem inclusive afetar as transações de compra e venda de Bitcoin e o PIX.
Segundo Guedes atendendo a interesses próprios a Febraban paga economistas para darem opinião contrária a proposta do Governo.
Guedes sugere ainda que a Febraban faz isso em benefício próprio, sugerindo que a instituição ganha dinheiro vendendo consultoria contra o imposto.
"A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) é que mais subsidia e paga todos os economistas brasileiros para dar consultoria contra esse imposto, mas a Febraban está fazendo isso porque quer beber água onde os bancos bebem”, disse o ministro.
CPMF
A proposta de Guedes e do Governo Federal é desonerar a folha de pagamento e outros tributos.
Porém, para isso, pede a criação de um imposto de 0,2% sobre transações digitais que vem sendo chamado de "nova CPMF".
O novo imposto proposto pelo Governo impactaria todas as transações digitais e desta forma, o ato de comprar e vender Bitcoins e criptomoedas em exchanges também estaria sujeito, em tese, ao novo tributo.
O mesmo ocorreria com empresas que oferecem serviços de cashout com Bitcoin e criptoativos via cartões, como Uzzo, Atar e Alterbank.
A proposta ainda não foi encaminhada ao Congresso para aprovação.
Contudo, segundo Guedes os bancos já cobram uma taxa hoje que fica para eles como lucro e, com a nova proposta isso seria repassado a população em melhorias nos serviços públicos.
“Os bancos já cobram uma CPMF hoje". declarou.
Congresso
A proposta de criação de um novo imposto enfrenta resistência no Congresso, a começar pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Porém, segundo Guedes, Maia não é contrário a criação do novo imposto e defenderia a unificação dos tributos federais em um imposto único para transações digitais.
“Nós estamos juntos nessa reforma tributária, é só uma a questão de quanta briga você consegue comprar. O presidente da Câmara talvez consiga comprar mais, porque ele consegue aprovar mais coisa. Mas eu não consigo ir contra estados, municípios, contra todo mundo, então eu tenho que me limitar a cobrar o imposto federal ali. Mas nós estamos juntos na busca de ampliação da base e de unificação”, disse o ministro.
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