A Transfero Swiss,  empresa de investimentos voltada para o universo de ativos digitais, iniciou a captação de recursos para seus três recém-lançados fundos de investimentos em criptomoedas. Os hedge funds crypto buscam levantar US$ 100 milhões em criptoativos, segundo comunicado de imprensa compartilhado com o Cointelegraph em 22 de outubro.

Segundo o head de Investimentos da Transfero, empresa fundada por brasileiros, Carlos Franco Russo, a companhia busca se posicionar dentro de um movimento cada vez mais forte em que gestoras de criptoativos estão migrando para um mercado regulado.

“Em um futuro próximo, a tendência é que as gestoras de criptoativos passem a responder como gestoras tradicionais de ativos. E estamos indo em direção a isso junto com os players mais respeitados do mercado”, analisa.

Como os criptoativos ainda não são reconhecidos como ativo financeiro no Brasil, a gestora escolheu as Bahamas para sediar seus hedge funds. Os fundos terão, a princípio, menos de 100 investidores, dentro do contexto de clientes institucionais.

Desta forma investidores pessoa física de alta renda e patrimônio e investidores pessoa jurídica, como outros fundos e family offices. Num segundo momento, contudo, a ideia é criar feeder funds, conhecidos no Brasil como fundo de fundos. Dentro dessa estratégia, está previsto o lançamento em 2020 de fundos que invistam em cotas desses três fundos. 

Assim será possível ao investidor brasileiro de varejo acessar esses fundos. Os criptoativos a serem captados pelos três hedge funds são geridos e custodiados pela Transfero Swiss. O administrador dos fundos é a Leno e o auditor, HLB Galanis, instituição reconhecida internacionalmente nesse segmento.

Segundo a Transfero, os hedge funds crypto terão 2% de taxa de administração e 20% de taxa de performance sobre o que superar os diferentes benchmarks estabelecidos para cada um. Os três fundos serão o Advanced, o Counter Cyclical e o Conservative, cada um com uma característica diferente.

Como noticiou o Cointelegraph, James Altucher, ex-gerente de hedge fund e autor de best-sellers, confirmou sua previsão de que a maior criptomoeda chegará a US$ 1 milhão, mas admitiu que o prazo para isso pode demorar um pouco mais do que prevêem analista.