Duas tradicionais exchanges do Brasil estão a venda, segundo informações compartilhadas junto ao Cointelegraph pelos próprios fundadores das empresas, que pediram para manter o nome em sigilo devido às negociações.

Embora as empresas não figurem entre as cinco principais plataformas do país, segundo dados do Cointrademonitor, elas são consideradas ‘tradicionais’ no mercado e foram plataformas importantes na história do Bitcoin no Brasil.

Segundo os fundadores conversas já foram iniciadas com plataformas de fora do Brasil que desejam entrar no mercado nacional mas usando uma empresa que já opera aqui por conta de regulamentação e negociação em fiat.

“Estamos conversando, não há nada fechado ainda, mas as conversas já foram iniciadas”, disse um dos fundadores.

Embora não tenham informado o motivo da venda, o baixo volume de negociações nas plataformas pode ser um dos pontos a serem considerados, além das novas determinações da Receita Federal do Brasil, que acabaram por gerar um custo maior nas operações.

Somadas, no momento desta publicação, as plataformas negociaram apenas cerca de 10 Bitcoins nas últimas 24 horas.

Exchanges no Brasil

Em 2017/2018 o Brasil testemunhou um ‘boom’ de exchanges de Bitcoin chegando a registrar cerca de 64 empresas que operavam com compra e venda de criptomoedas. No entanto, o volume de Bitcoin negociado no Brasil não acompanhou o surgimento de novas plataformas.

Aliado a isso, 2019 foi um verdadeiro ‘desastre’ de credibilidade para exchanges no Brasil tendo em vista que o Grupo Bitcoin Banco, que, por meio da NegocieCoins chegou a figurar como maior exchange no mundo no Coinmarketcap, deixou milhares de clientes sem acesso a seus fundos.

O mesmo ocorreu com a 3xBIT que ainda vem enfrentando problemas para honrar seus compromissos. Embora não seja uma exchange, a Atlas Quantum também era considerada a principal empresa de Bitcoin do Brasil, com 15 mil BTCs sob custódia, para depois deixar de pagar os saques de seus clientes.

Como noticiou o Cointelegraph, em mais um caso triste para a história do Bitcoin no Brasil, o Ministério Público Federal pediu o indiciamento de Leidimar Lopes, Danter Silva e mais 13 pessoas ligadas a operação da Unick Forex, suposta pirâmide financeira baseada em Bitcoin.

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